O cabeça de lista do PAN às eleições europeias defendeu hoje, em Setúbal, que uma das prioridades dos eurodeputados eleitos por Portugal deve ser a “conservação e o desbloqueamento da Lei do Restauro da Natureza no Conselho Europeu”.
“Hoje, no dia que celebramos, temos que dar um especial enfoque aos nossos rios, à estratégia para a biodiversidade e à lei do restauro, que vai ser algo que tem de ser uma prioridade dos eurodeputados”, disse Pedro Fidalgo Marques, que, acompanhado pela líder do partido, Inês de Sousa Real, assinalou o Dia Mundial do Ambiente com uma visita ao moinho de Maré da Mourisca, no estuário do Sado, em Setúbal.
“E o PAN vai estar nessa linha da frente. Confiamos que no dia 09 de junho os portugueses confiam o seu voto no PAN, para podermos dar a nossa voz e garantirmos que desbloqueamos [a lei do restauro] no Conselho Europeu”, acrescentou.
Segundo o cabeça de lista do PAN nas eleições de 09 de junho para o Parlamento Europeu, não havia melhor sítio para assinalar o Dia Mundial do Ambiente e sublinhar a importância dos rios portugueses e de uma estratégia para a biodiversidade do que a Reserva Natural do Estuário do Sado, onde subsiste uma comunidade de golfinhos roazes, única no país.
Pedro Fidalgo Marques defendeu ainda que não é possível continuar a negar as alterações climáticas, como tem sido feito, de forma sistemática, pelos partidos conservadores e de extrema-direita.
“Temos sempre os partidos mais conservadores e de extrema-direita a negar as alterações climáticas, a dizer que não se passa nada. Mas acho que é evidente que todos nós temos sentido as ondas de calor”, disse.
“Qualquer pessoa, em Portugal ou pelo mundo, sente a falta de água, sente as ondas de calor, sente fenómenos climáticos extremos muito maiores, como ventos extremos, as inundações, as marés fora do normal, a seca. E isso é algo que temos de enfrentar, é algo que não podemos ignorar”, sublinhou.
“Em Portugal e na Europa já atingimos e já esgotamos os nossos recursos; no planeta será dia 01 de agosto. Cada vez mais estamos a esgotar os recursos mais cedo, a meio do ano. Temos que olhar de outra forma para os nossos recursos, para os protegermos, para, como temos defendido em todo o país, termos uma economia verde, para que possa existir turismo de natureza que concilia os interesses económicos, os interesses turísticos, mas também os interesses de conservação e educação da biodiversidade” acrescentou o candidato do PAN.
Preocupado com a situação dos golfinhos roazes, Pedro Fidalgo Marques defendeu também a necessidade de regulamentação para as embarcações de recreio que operam no estuário do Sado.
“Quando falamos da pressão de Troia, da pressão da Comporta, das novas construções, deve haver regulamentação para impedir que as centenas de embarcações que entram e saem do estuário do Sado todos os dias, não vão perturbar as rotas dos golfinhos roazes-corvineiros, porque isso será fundamental para garantirmos o crescimento da população, que neste momento é de 27 golfinhos”, disse.
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