Alexandre Fonseca, antigo CEO da Altice Portugal, esteve esta quinta-feira de manhã a ser interrogado no Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) em Lisboa, avança a SIC Notícias. O canal revela ainda que o gestor foi constituído arguido, no âmbito da chamada Operação Picoas.
A Operação Picoas, que levou à suspensão do então co-CEO da Altice Portugal Alexandre Fonseca, é uma investigação levada a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) em colaboração com a Autoridade Tributária. Investiga um alegado esquema financeiro que terá lesado o Estado e o grupo em centenas de milhões, através do envolvimento de sociedades controladas indiretamente pelo homem de confiança de Armando Pereira, Hernâni Vaz Antunes.
No caso Armando Pereira, co-fundador da Altice, e Hernâni Vaz Antunes, sócio de inúmeras empresas que forneceram serviços e produtos ao Grupo Altice, são suspeitos da prática de vários crimes de corrupção ativa no setor privado, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
Em finais de julho de 2023, o empresário Hernâni Vaz Antunes terá durante interrogatório judicial identificado vários beneficiários de pagamentos indevidos realizado para ganhar mercado e contratos. O jornal Público noticiou na altura em que o caso rebentou (2023) que Alexandre Fonseca terá alegadamente recebido 380 mil euros em 2018 e 110 mil euros em 2017, através de uma sociedade dos Emirados Árabes Unidos e contra faturas falsas.
Os investigadores suspeitam que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba superior a 100 milhões de euros.
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