Primeira francesa a disputar a segunda volta das eleições presidenciais, acabando derrotada em 2007 pelo conservador Nicolas Sarkozy, Ségolène Royal esteve em Cascais para participar na conferência “The Future of Politics”, na qual veio falar sobre o impacto das alterações climáticas na política contemporânea. Em entrevista ao Jornal Económico, a ex-candidata à liderança do PSF, de 68 anos, que ao longo de décadas manteve uma parceria política e pessoal com o ex-presidente francês François Hollande, pai dos seus quatro filhos, defende que os governantes necessitam de dar respostas mais rápidas a problemas que enfrentou quando foi ministra do Ambiente.
Angela Merkel foi considerada a última líder europeia ao nível de Helmut Kohl
e François Mitterrand. Pensa que a saída da chanceler alemã será uma oportunidade para outros protagonistas?
Penso que a vitória dos sociais-democratas é uma oportunidade. Gosto muito de Angela Merkel, entendi-me muito bem com ela e agradeço o que fez, mas ela seguia uma linha de rigor orçamental, com um controlo do défice extremamente duro, e os alemães aperceberam-se – sobretudo com a catástrofe climática das inundações, que fizeram mais de 100 mortos – que os serviços públicos eram necessários. O vencedor das eleições [o atual vice-chanceler e ministro das Finanças Olaf Scholz], que também seguia uma linha muito rigorosa, mudou de opinião e disse que agora era preciso fazer despesa pública destinada a esses serviços.
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