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Excedente externo da economia portuguesa sobe para 5,5 mil milhões até julho

A economia portuguesa apresentou um excedente externo aumentou até julho em comparação com o excedente de 3,2 mil milhões de euros registado no período homólogo.
TIAGO PETINGA/LUSA
19 Setembro 2024, 11h25

A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 5,5 mil milhões de euros até julho, o que compara com um excedente de 3,2 mil milhões de euros registado no período homólogo, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Esta evolução reflete a diminuição do défice da balança de bens, de 346 milhões de euros, para a qual contribuiu o aumento das exportações (de 357 milhões de euros, ou 0,8%), superior ao aumento das importações (de 11 milhões de euros, ou 0,02%).

Por outro lado, houve um aumento do excedente do excedente da balança de serviços, de 1.528 milhões de euros, justificado, sobretudo, pelo aumento de 1.236 milhões de euros do saldo de viagens e turismo. Isto além de uma diminuição do défice da balança de rendimento primário, de 563 milhões de euros, devido, principalmente, à maior atribuição aos beneficiários finais de fundos recebidos da União Europeia na forma de subsídios. Em contraste, aumentaram os dividendos pagos ao exterior.

O regulador aponta ainda para uma subida da balança de rendimento secundário, de 212 milhões de euros, “que reflete o maior recebimento de indemnizações de seguros não vida do exterior e o recebimento do maior prémio de sempre do Euromilhões em Portugal”.

Observou-se ainda uma diminuição do excedente da balança de capital, de 268 milhões de euros, “devido, principalmente, à diminuição mais acentuada dos recebimentos do que dos pagamentos ao exterior relativos a ativos não produzidos não financeiros, nos quais se incluem as licenças de emissão de carbono e os passes de atletas”.

A capacidade de financiamento da economia portuguesa nos primeiros sete meses do ano traduziu-se num saldo da balança financeira de 6,2 mil milhões de euros, à boleia de um aumento dos ativos sobre o exterior,  de 21.447 milhões de euros, e de um aumento dos passivos, de 15.253 milhões de euros.

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