A exigência de pagamento de gás russo em rublos por Moscovo levou a, pelo menos, 10 compradores europeus de gás a abrirem contas na Gazprombank, sendo que quatro já pagaram fornecimentos na moeda russa.
A garantia foi dada esta quarta-feira por uma fonte da gigante Gazprom à “Bloomberg” que não revelou quem são os compradores. Recorde-se que também hoje Moscovo anunciou o corte no fornecimento de gás à à búlgara Bulgagraz e à polaca PGNiG , argumentando a falta de pagamentos na moeda russa.
Antecipa-se que a Rússia avance com mais cortes uma vez que a maioria dos compradores europeus têm estado a rejeitar os termos do Kremlin, relembrando que os contratos assinados exigiam pagamentos em dólares ou euros. De acordo com a fonte da Gazprom, os próximos cortes deverão ocorrer em meados de maio. A Rússia fornece gás por gasodutos para 23 países europeus.
A 30 de março, Vladimir Putin anunciou que o fornecimento de gás russo teria que ser pago, a partir de 1 de abril, em rublos e não em dólares ou euros. Se não o fizerem, tal será considerado uma quebra de contrato e o fornecimento será suspenso, segundo o decreto assinado pelo presidente Rússia que envia um alerta claro à Europa, dependente em um terço do gás de Moscovo.
Os compradores deverão depositar numa conta especial no banco da Gazprom, a energética estatal russa, o dinheiro em moeda estrangeira, que será utilizado para a compra de rublos. Estes serão reenviados aos compradores de gás de forma a que possam concluir os pagamentos.
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