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Existem doentes transferidos do público para o privado por exigência das companhias de seguro, diz director de reumatologia do SESARAM

O director de reumatologia do SESARAM defendeu que não concorda em circunstância nenhuma que qualquer colega desvie doentes do público para o privado. “Se as regras forem cumpridas e bem claras não vejo problema nenhum na coexistência dos dois sistemas”, explicou Mário Rodrigues.
SESARAM
22 Março 2019, 16h15

O director da reumatologia do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), Mário Rodrigues, disse que existem situações em que parece haver transferências de doentes do público para o privado mas que não o são. “Na ortopedia muitos doentes são transferidos do hospital para a clínica por exigência das companhias de seguros”, referiu Mário Rodrigues.

“Não concordo em circunstância nenhuma que qualquer colega possa desviar doentes do público para o privado”, afirmou. Mário Rodrigues contudo disse que não vê “problema nenhum” em existir um sector público e privado.

O director de reumatologia sublinha que a questão está “nas regras que se fazem cumprir” do que nas duas actividades.

“Tomei medidas nos anos de 1990 quando estava no conselho de administração que desagradarem muito, fui penalizado, porque pugnei por não haver qualquer mistura entre privado e público”, disse Mário Rodrigues.

“Misturar nunca, combater sempre, mas não devemos diabolizar”, vincou. “Se as regras forem cumpridas e bem claras não vejo problema nenhum na coexistência dos dois sistemas”, defendeu Mário Rodrigues.

O director de reumatologia referiu que “era bom” que o sector publico pudesse responder em tudo mas que nas nossas sociedades “é difícil de conseguir” porque os recursos em saúde são escassos.

 

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