O metropolitano do Porto vai ser alvo de uma expansão no valor de 800 milhões de euros, que ficará a cargo da Área Metropolitana do Porto (AMP). O valor da obra será dividido em duas partes, sendo que 600 milhões de euros serão para a expansão do metro e 200 milhões de euros para as “redes de metrobus”, segundo anunciou o primeiro-ministro António Costa.
No discurso do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, este afirma que a estas obras também se irá juntar a aquisição de 18 carruagens para o metro, sendo que o curso foi lançado no último mês de 2018.
Matos Fernandes admite que o valor gerido pela AMP irá servir para a expansão das linhas que vai servir o Hospital de Santo António, o centro materno e infantil do Porto e o Hospital Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, que são “três dos principais centros geradores de viagens em toda a Área Metropolitana do Porto”.
O ministro do Ambiente mencionou ainda que é “imperioso” colocar o metro onde existe maior afluência de autocarros porque “as linhas de metro servem para dar resposta a uma procura já existente”, enquanto que “com a expansão da rede, é possível reequacionar todo o desenho urbano e disponibilizar esses autocarros para o reforço de outras linhas, com menor intensidade de procura”.
Foi anunciado ainda que a linha rosa, que funciona da Casa da Música até São Bento, será uma linha circular e que deverá atravessar a Constituição, ficará a caminho dos Combatentes ou da Asprela, e será o início da ligação ao Campo Alegre. O governante falou ainda do prolongamento da linha amarela até Vila D’Este, para servir o Hospital de Gaia, porque “é uma reivindicação antiga e justa para levar o Metro até ao grande bairro que limita, a sul, aquela cidade”.
A circulação no Metro do Porto chegou, em 2018, aos 63 milhões de passageiros, apresentando um crescimento de 3,4% face ao ano anterior. Além disso, ganhou cinco milhões de passageiros desde os últimos dois anos, algo que se encontra em linha com o crescimento das outras empresas públicas de transporte.
Com um transporte diário de cerca de 207 mil passageiros, e com a construção de “sete novas estações, que acrescentam, em extensão, menos de 10% à rede atual”, o Metro do Porto deve perspetivar um crescimento da procura na ordem de 20%, sendo que devem ganhar mais 50 mil passageiros por dia.
Embora o governante afirme que as empresas públicas de transportes coletivos apresente problemas, o “caso concreto do Metro do Porto, eles nunca tenham sido muito complexos”. O líder do Ambiente garante que este Governo trabalhou muito pela recuperação do material circulante com pequenas intervenções que melhoraram a qualidade do serviço.
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