O euro está a cair face ao dólar há sete sessões consecutivas, desde domingo. Hoje o euro deprecia 0,22% para 1,1711 dólares.
A moeda europeia já se deprecia cerca de 5% em relação às máximas do ano, que foi quando o cross euro/dólar atingiu os 1,23 dólares em janeiro.
Os analistas atribuem esta valorização do dólar aos rumores de que o banco central norte-americano vai acelerar a redução gradual da compra de ativos.
Amanhã. quarta-feira, é a divulgação dos dados da inflação nos EUA, o que pode influenciar a reunião deste mês da Reserva Federal em Jackson Hole, Wyoming.
Marco Silva, especialista em consultoria estratégica e de investimentos, explica que “os bancos centrais e as economias estão em fases distintas. Os EUA já estão a pensar na normalização da política monetária, enquanto o BCE anda ainda muito longe”.
Diversas vozes de dentro da Reserva Federal (Fed) juntaram-se, nos últimos dias, ao rumor sobre a necessidade de acelerar o tapering [retirada dos estímulos monetários e elevação das taxas de juros oficiais] após os últimos dados de inflação e emprego publicados nos EUA.
Os fortes dados de emprego nos Estados Unidos apontam que a maior economia do mundo está no caminho da recuperação. Na passada sexta-feira foi divulgado que a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 5,4% em julho, abaixo dos 5,9% do mês anterior, quando foram criados mais 943.000 empregos, segundo o Departamento do Trabalho norte-americano.
A economia norte-americana perdeu mais de 22 milhões de empregos em março e abril de 2020, tendo recuperado, desde então, quase 17 milhões, segundo noticiou a Lusa.
A média das expectativas de inflação para daqui um ano nos Estados Unidos permaneceu inalterada em 4,8% no mês julho, na comparação com junho. Mesmo assim, o indicador está no maior nível da série histórica, de acordo com uma análise divulgada nesta segunda-feira pelo Centro de Dados Microeconómicos da Fed, o banco central norte-americano, de Nova Iorque.
Segundo o relatório citado pelos jornais internacionais a média das expectativas de inflação para daqui três anos aumentou de 3,6% em junho para 3,7% em julho, no maior nível desde agosto de 2013.
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