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Exploração de lítio ameaça aldeias de Boticas e um vale património da UNESCO

Alguns populares que residem em Romainho, Muro e Covas garantem que vão deixar a aldeia onde moram.
  • Extração de Lítio
30 Novembro 2018, 09h52

As populações das aldeias de Romainho, Muro e Covas, no concelho de Boticas (Vila Real), temem que o governo veja a possível construção da mina de lítio no Vale do Cabrão como um projeto de interesse nacional e que “as pessoas tenham de vender os terrenos por tuta e meia”.

Alguns populares que residem junto a este vale, considerado Património Agrícola Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), garantem que vão deixar a aldeia onde moram, revela uma investigação da TVI.

De acordo com o canal de Queluz de Baixo, a multinacional inglesa Savannah Resouces, que adquiriu os direitos de concessão da mina do Barroso, afirma que a construção significará progresso e criação de cerca de 150 empregos.

Trata-se de uma das maiores reservas de lítio da Europa, com uma área equivalente a 542 campos de futebol, o que despoletou o interesse estrangeiro. No passado mês de maio, a agência Lusa revelou que esta exploração de lítio em Portugal poderia envolver um investimento de 100 milhões de euros e arrancar já em 2020, mas que a decisão só seria tomada no início de 2019, de acordo com David Archer, presidente executivo da Savannah Resouces.

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