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Exportações voltam a cair mais em outubro face ao mesmo mês do ano passado

As exportações portuguesas contraíram 2,2% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, enquanto em setembro a contração tinha sido de 0,4% em termos homólogos. Vendas para Angola encolheram 41% em outubro.
10 Dezembro 2020, 11h24

As exportações portuguesas voltaram a cair mais em outubro, em termos homólogos, face à contração registada em setembro. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta quinta-feira, a venda de bens ao exterior contraiu 2,2% em outubro quando comparadas com o mesmo mês do ano passado, enquanto em setembro a contração tinha sido de 0,4%.

O cenário inverte a tendência de achatamento da quebra das exportações que o país tem registado desde maio e resultou sobretudo da diminuição dos fornecimentos industriais. Excluindo a categoria de combustíveis e lubrificantes, registaram-se diminuições de 1,3% nas exportações em termos homólogos em outubro, enquanto em setembro tinha registado uma subida de 0,8%.

Já as importações recuaram 11,8% em outubro face a igual mês de 2019, o que compara com a diminuição de 8,8% registada em setembro, reflexo sobretudo de quebra de 36,9% nas importações de combustíveis e lubrificantes e de 16,8% no material de transporte, principalmente automóveis de passageiros.

Na comparação em cadeia, em outubro as exportações e as importações aumentaram respetivamente 9% e 4,6%, quando em setembro cresceram 33,7% e 24,8%.

Os dados do INE revelam ainda que o défice da balança comercial de bens diminuiu 733 milhões de euros face ao mesmo mês de 2019, atingindo 965 milhões de euros em outubro. Descontando os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 687 milhões de euros, o que se traduz numa diminuição do défice de 511 milhões de euros em relação a outubro do ano passado.

Vendas para Angola com quebra de 41%

Ao olhar para os principais países de destino em 2019, os dados do INE mostram que em outubro face ao mesmo mês do ano passado, as maiores diminuições na venda de bens ao exterior foi para Angola (-41,4%), Estados Unidos (-12,7%) e Reino Unido (-8,4%). Já nas simportações registaram-se decréscimos na maioria dos principais parceiros, “destacando-se as diminuições de Espanha (-7,8%) e de França (-28,1%), principalmente outro material de transporte (maioritariamente aviões)”.

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