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Exposição da banca nacional a ativos estrangeiros aumentou 1,4 mil milhões

Dados revelados pelo Banco de Portugal apontam que diferença de 1,6 mil milhões de euros entre as óticas do risco imediato e de última instância, “corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior”.
8 Abril 2019, 11h38

Os ativos financeiros dos bancos portugueses na ótica do risco imediato (não garantidos por entidades externas) aumentaram 600 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado, face a igual período de 2017. Destes 71% estão garantidos por entidades na União Europeia.

Segundo dados do Banco de Portugal, divulgados esta segunda-feira, no final de 2018, os bancos portugueses detinham 77,9 mil milhões de euros de ativos financeiros internacionais na ótica do risco imediato.

Já os ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses, na ótica do risco de última instância, no quarto trimestre de 2018, somavam 76,3 mil milhões de euros, mais oito milhões de euros relativamente ao final de 2017.

“A diferença entre as duas óticas do risco (1,6 mil milhões de euros) corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior”, explica o BdP. “Uma vez que os ativos financeiros internacionais, na ótica de risco de última instância são superiores aos na ótica de risco imediato, significa que existem ativos dos bancos sobre entidades residentes que são garantidos, em última instância, por entidades não residente”, acrescenta.

O regulador explica ainda que a exposição em risco de última instância a Estados-Membros da União Europeia e aos BRICS manteve-se superior à exposição em risco imediato.

Já face aos PALOP, “os bancos portugueses apresentavam maior exposição em risco imediato do que em risco de última instância: parte dos ativos que estes detinham sobre entidades residentes nos PALOP eram garantidos por entidades residentes noutros países”.

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