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Extinção de plantas atingiu proporções “assustadoras”, alertam cientistas

Os resultados de um relatório publicado na “Nature”, o primeiro realizado à escala global, calcula que 571 espécies desapareceram desde 1750.
11 Junho 2019, 13h34

O maior estudo realizado à escala global sobre o estado das plantas, divulgado esta segunda-feira pela revista científica “Nature“, alerta para o ritmo desenfreado de extinções de várias espécies de plantas no Planeta Terra.

O relatório, que faz o maior levantamento de dados sobre as plantas a nível mundial, calcula que 571 espécies desapareceram desde 1750 e que, desde 1900, quase três espécies de plantas que produzem sementes desapareceram por ano – i.e. 500 vezes mais rápido do que é habitual.

Os cientistas que participaram do trabalho afirmam que a estimativa é “assustadora” e pode estar muito abaixo da realidade, já que alguns países não foram estudados minuciosamente.

A desflorestação e o uso de grandes porções de terra pelo agronegócio são apontados como as principais causas das extinções. Há, ainda, milhares de espécies de plantas impossibilitadas de se reproduzirem, seja pela extinção de animais que ajudavam a espalhar sementes ou pela morte de toda a população de um dos sexos, o que tende a ampliar ainda mais os números nos próximos anos.

Um dos planos apresentados é determinar quais espécies são mais vulneráveis para que se evite novas perdas na flora mundial através de medidas que contornem a degradação da biodiversidade. A dificuldade em identificar o fenómeno de maneira nítida, se comparado à extinção de animais, torno o diagnóstico do problema mais complicado.

Em maio, a Organização das Nações Unidas alertou que um milhão de espécies de animais e plantas estão em risco de extinção.

Os autores do trabalho publicado na “Nature” compararam o quadro da crise entre diferentes locais do planeta. O estado norte-americano do Havaí lidera a lista mundial com 79 espécies extintas, enquanto a África do Sul soma 37.

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