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Extrema-direita prepara-se para vencer legislativas e forçar coabitação

As sondagens apontam que as próximas legislativas francesas vão ser eleições de extremos, com dois terços dos eleitores a indicar opção pelas forças mais polarizadas, mais ainda se considerarmos os grupos mais radicais, que subsistem nas margens do espectro político. A maior probabilidade é que resulte numa coabitação de forças desalinhadas entre a presidência e o parlamento. E que este seja já o início de uma longa campaha eleitoral para as presidenciais de 2027.
30 Junho 2024, 08h00

O Reagrupamento Nacional (RN), a face renovada da União Nacional, de Marine Le Pen, de extrema-direita, é o favorito para vencer as eleições legislativas francesas. Foi o mais votado nas europeias, com 31,37%, mais do que duplicando os 14,6% obtidos pela coligação do presidente da República, Emmanuel Macron, que reagiu convocando legislativas antecipadas, para as quais as sondagens voltam a apontar a liderança ao partido presidido por Jordan Bardella, com cerca de 36% das intenções de voto, incluindo aqui os candidatos republicanos que se aliaram ao RN.

As legislativas francesas realizam-se em duas voltas, realizando-se a primeira este domingo, 30 de junho. Se nenhum candidato, em cada um dos 577 círculos eleitorais, obtiver mais de 50% dos votos, realizar-se-á uma segunda volta, a 7 de julho, só com os candidatos que tenham obtido pelo menos 12,5%. Esta segunda volta é, geralmente, uma disputa entre dois partidos; nas últimas legislativas, em 2022, apenas em sete círculos houve votações com três candidatos.

Atrás do RN, quem surge em segundo lugar nas sondagens é a Nova Frente Popular (NFP), que junta a populista França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, a socialistas, comunistas e ecologistas, e que é, muitas vezes, identificada como de extrema-esquerda. Os estudos dão-lhe em torno de 28% das intenções de voto.

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