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Fábrica de produtos cosméticos da Amyris Portugal vai permitir criar até 200 postos de trabalho

A Amyris Bio Products Portugal pretende investir cerca de 10 milhões de euros para criar uma fábrica de produção de cosméticos em Portugal, um investimento que permitirá a criação de 150 a 200 postos de emprego.​​​​​​​
18 Maio 2021, 07h30

A Amyris Bio Products Portugal tem em cima da mesa um plano de investimento no valor de dez milhões de euros para a inauguração de uma fábrica de produção de cosméticos. Esta nova infraestrutura, além de colocar Portugal no mapa do sector da cosmética e da biotecnologia, permitirá a criação de 150 a 200 postos de emprego.

“A formação e competência do capital humano que temos conseguido atrair para os nossos projetos, e os resultados que esse talento nos ajuda a alcançar são o principal fator que nos faz querer reforçar a aposta no país”, conta Miguel Barbosa, presidente da subsidiária da empresa norte-americana, ao Jornal Económico, frisando que a criação da fábrica prende-se, também, com a vontade da empresa em passar a produzir produtos cosméticos em Portugal para exportar para o resto da Europa.

Depois de ter desenvolvido, em conjunto com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, o projeto Alchemy, cujo objetivo principal é estudar e desenvolver novas aplicações para os subprodutos e resíduos dos processos de fermentação da Amyris e da produção de cana de açúcar, a Amyris pretende agora aumentar a escala de produção. Deste o arranque deste trabalho em conjunto, a empresa e escola conseguiram criar a primeira sílica do mundo a partir das cinzas de cana de açúcar e que permite o desenvolvimento de cosméticos 100% limpos e seguros.

“[Esta] parceria tem como objetivo criar um hub de biotecnologia de referência internacional em Portugal”, explica o responsável. “A escala do investimento realizado até ao momento permite ter já uma massa crítica e resultados que atraem o interesse de grandes multinacionais com as quais interagimos regularmente”, acrescenta, referindo ainda que a ambição é reforçar a aposta nos programas colaborativos de I&D e desenvolvimento de novos produtos.

Para a construção da nova unidade industrial, Miguel Barbosa conta ao JE que estão a ser equacionadas “várias opções estratégicas” que poderá passar por “uma parceria com um player nacional ao qual possamos acrescentar valor e acelerar crescimento”, sendo que o principal objetivo é garantir capacidade de produção dos produtos que costam no portfólio na empresa e que servem para abaster os mercados europeus, russos e do Médio Oriente.

Questionado sobre o sector da cosmética em Portugal, o presidente da Amyris Portugal explica que “não é dos mais desenvolvidos”, apresentando um ” mix interessante de conhecimento, competência na formulação de produto e na capacidade de industrialização”. No entanto, frisa que é necessária “uma aposta clara no desenvolvimento e comercialização de marcas próprias à escala global”.

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