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Fábrica do Ribeiro Sêco quer exportar mel de cana para a Ásia

A empresa tem a expetativa de retomar o contacto com a Rússia, depois de uma experiência que não teve continuidade. E acredita que vai entrar no mercado asiático com o mel de cana ainda este ano.
10 Dezembro 2017, 10h30

A Fábrica de mel de cana do Ribeiro Sêco està constantemente à procura de novos mercados. Ao Económico Madeira, João Melim, responsável da empresa, afirma que o objectivo é entrar em mercados como a Rússia ou os países asiáticos.

“Estamos em Inglaterra, Continente, Açores”, explica. “Estamos a tentar abrir mais mercados e andamos sempre numa procura constante de novos parceiros nesse setor para nos ajudar a escoar o produto”, confessa.

A fábrica para além do mel de cana produz também produtos como broas e bolo de mel. João Melim diz que estes novos produtos tiveram um crescimento lento. “As pessoas estavam só com a ideia que fazíamos mel de cana”, admite.

“Não é nosso intuito roubar consumidores a clientes nossos, que também produzem o bolo e a broa de mil”, clarifica. “Queremos mostrar qualidade perante outros fornecedores”, destaca João Melim.

O responsável pela empresa afirma que pretende manter o padrão de qualidade em toda a gama de produtos.

As exportações representam 10% das vendas da Fábrica do Ribeiro Sêco, de acordo com João Melim. A expetativa do responsável pela empresa é que esse valor chegue aos 15% em 2018, o que no seu entender seria muito bom.
“O mercado nacional procura cada vez mais o nosso produto”, destaca João Melim. “E isso dá-nos um certo conforto”.

A empresa anda constantemente à procura “de novos distribuidores no mercado nacional” com o objetivo de depois poderem ajudar a levar os produtos desta empresa para fora de Portugal.

João Melim anuncia que a Fábrica do Ribeiro Sêco, desde o início de 2017, anda a tentar entrar no mercado asiático do qual diz ter “caraterísticas muito próprias” apesar de ainda não ter conseguido levar o produto para testes neste território.

A entrada no mercado asiático afirma João Melim permitiria trazer uma “nova dinâmica” ao setor desde “o agricultor até á fase final”. No seu entender o mercado madeirense é “muito restrito”.

“Tem que haver mais estabilidade a nível de uma economia dentro do setor” e deve existir “defesas de fora para dentro”, refere João Melim acrescentando que “muitas dessas defesas por muito que queiramos não estão nas nossas mãos”.

O timing do parceiro é o que está a impedir que a empresa ainda não esteja no mercado asiático clarifica o responsável pela empresa.

A expetativa de João Melim é que o mel de cana chegue até ao final do ano a este mercado e que depois arraste os outros produtos.

“Será uma quantidade pequena para testes. Depois uma quantidade maior”, refere João Melim.

Esta possível entrada no mercado asiático acredita o responsável pela empresa “pode criar uma dinâmica diferente”.
João Melim esclarece que a fábrica já fez dois testes fora da Madeira com o bolo de mel.

Esses testes diz João Melim resultaram numa “óptima receção” na Polónia e na Rússia mas depois o negócio acabou por não ter continuidade.

“Na Rússia o produto foi muito elogiado mas neste momento estão numa recessão económica e estão a complicar a continuidade da expedição do produto”, realça João Melim.

“Este mercado é importante e tínhamos a esperança que todos os anos iríamos enviar uma certa quantidade do produto”, explica o responsável pela empresa.

João Melim afirma que tem a expetativa de poder voltar ao mercado russo e que as conversações continuam.

Quanto à Polónia, João Melim refere que a experiência não correu tão bem, por não conhecer tão bem o mercado, mas esclarece que brevemente vai entrar em contacto para retomar o negócio.

Os mercados fora da Madeira têm sido uma das formas de escoar o produto explica João Melim.

“Nós vemos um cenário complicado para a nova produção dado o stock elevadíssimo que temos” esclarece.

João Melim acrescenta que pagar o transporte e a saída da mercadoria também “tem os seus custos” a que acresce toda a “matéria inerente à embalagem” que vem de fora da Madeira.

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