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Fabricante do F-35 assina acordo para procurar fornecedores portugueses

Se Portugal optar pelo caça de 5ª geração, a fabricante norte-americana quer integrar fornecedores nacionais na sua produção.
3 Junho 2025, 15h46

A fabricante do F-35 assinou um acordo que visa identificar potenciais fornecedores nacionais, caso Portugal opte pelo avião norte-americano de combate de 5ª geração para substituir os F-16 da Força Aérea Portuguesa.

O acordo assinado entre a Lockheed Martin e o AED Cluster Portugal visa a colaboração na identificação de membros da AED que podem “trabalhar com a Lockheed Martin para implementar projetos potenciais de cooperação industrial” no caso do Governo português comprar F-35, segundo o documento assinado hoje.

O objetivo é “encontrar projetos que façam sentido”, se “Portugal considerar entrar na família F-35”, disse hoje o vice-presidente do programa F-35, JR McDonald.

Para o futuro, espera que o avião “tenha capacidades providenciadas pela indústria portuguesa”. “Se se concretizar, o valor total europeu será maior”.

O gestor norte-americano destacou que este é um “programa muito maduro”, com 1.200 aviões já entregues a 20 países, disse durante uma apresentação na 12.ª edição do AED Days, em Oeiras.

Dos 3 centros de produção em todo o mundo, a companhia prevê entregar entre 170 a 190 aviões só este ano, com 20 a 23 aviões produzidos por mês.

Só na Europa, a companhia conta com 700 aviões entre vários países incluindo Reino Unido, Países Baixos, Noruega, entre outros.

Estes 700 aviões dão à Europa ocidental “superioridade aérea”, sendo “importante” no caso de um ataque à Europa.

O gestor apontou que a Lockheed Martin, sediada nos arredores de Washington DC, trabalha “há anos” com a indústria portuguesa, em vários projetos como o P-3, T-35, F-16 ou C-130.

Sobre o facto de a UE tornar-se menos dependente dos EUA, sublinhou que 25% de todos os F-35 vendidos para todo o mundo são componentes fabricados na Europa, incluindo em Itália ou na Bélgica.

“Estamos ansiosos por desenvolver relações de longo prazo com Portugal, não estamos a pensar fazer projetos de curta duração”, rematou.

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