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Fábricas automóveis em Portugal geraram 2,2% do PIB em 2019

Apesar do volume de negócios das cinco fábricas de produção automóvel nacional terem registado um aumento de 17% do seu volume de negócios agregado em 2019, a pandemia da Covid-19 provocou já uma quebra acima dos 34% na produção este ano.
25 Agosto 2020, 18h07

As fábricas automóveis em Portugal foram responsáveis por gerar 2,2% da Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2019.

As cinco fábricas de produção de automóveis no país geraram um volume de negócios no valor de 4.859 milhões de euros em 2019, mais 17% face a período homólogo. Em 2018, estas cinco fábricas geraram um volume de negócios na ordem dos 4.149 milhões de euros.

Os dados relativos a 2019 foram divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP) esta terça-feira, 25 de agosto.

Em 2019, foram produzidos 345 mil veículos em Portugal, um novo recorde. A produção nacional cresceu mais de 17% entre 2018 e 2019, registando um novo máximo pelo segundo ano consecutivo.

A Volkswagen Autoeuropa em Palmela, distrito de Setúbal, foi responsável por gerar o maior volume de negócios em 2019: 3.737 milhões de euros derivado da produção de 256,8 mil automóveis.

Segue-se a PSA Mangualde, no distrito de Viseu, com 787 milhões de euros, com 77,6 mil viaturas produzidas no ano passado.

A Mitsubishi Fuso Truck Europe no Tramagal, distrito de Santarém, gerou 222 milhões de euros de volume de negócios, com quase 8.800 automóveis produzidos e 2.241 montados.

Depois, a Toyota Caetano em Ovar, distrito de Aveiro, registou quase 2.400 automóveis produzidos e 52 milhões de euros gerados. Por fim, a CaetanoBus em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, registou 98 milhões de euros de volume de negócios com 16 veículos produzidos e 622 montados.

Apesar do crescimento da produção automóvel nacional em 2019, a verdade é que este ano a pandemia da Covid-19 provocou uma forte quebra na produção nacional.

Entre janeiro e julho, a produção total caiu 34,7% para 138.009 viaturas. Julho foi o sétimo mês consecutivo de quebra da produção nacional.

As vendas automóveis no país também continuam a sofrer com a pandemia da Covid-19 e as limitações que impôs à economia nacional. As vendas recuaram 44,3% entre janeiro e julho para 96.102 viaturas.

A ACAP já pediu ao Governo para aprovar medidas para combater a quebra do setor automóvel nacional.

“Sendo Portugal um país onde a indústria automóvel tem um peso muito importante, quer ao nível do emprego, do PIB e das exportações, representando 25% do total das exportações de bens transacionáveis, é urgente que o Governo português implemente um plano de incentivo à procura no nosso sector, como já fizeram os Governos francês, alemão e hoje mesmo o espanhol”, defendeu a associação em junho.

“Este plano, deve passar por um incentivo ao abate de veículos em fim de vida o que levaria à renovação do parque automóvel e iria dinamizar o mercado assim como asseguraria os níveis de produção da nossa indústria. Este programa deveria permitir, como acontece naqueles países, que ao enviar um carro antigo para abate se pudesse adquirir um veiculo que podia ser a gasolina, a gasóleo ou eléctrico, com menos emissões do que o veiculo abatido”, segundo a ACAP.

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