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Fábricas de aviação em Portugal atraem interesse de indianos

Empresa detida por bascos franceses com fábricas no distrito de Setúbal estão a analisar opções para o futuro, com a abertura do capital para financiar a expansão.
17 Abril 2025, 19h13

Os franceses da Lauak estão a analisar a venda parcial da empresa para fomentar o crescimento. A fornecedora de componentes para empresas como a Airbus e a Bombardier conta com duas unidades em Portugal: em Setúbal e em Grândola.

Originária do País Basco francês, a empresa fundada por Jean-Marc Charritton gerou vendas de 210 milhões em 2024, contando com 1.800 trabalhadores e 10 fábricas em vários países incluindo México, Canadá ou Índia. É uma em

“Todas as opções estão em cima da mesa. Podemos imaginar um fundo de investimento a tomar uma participação minoritária ou um industrial a comprar uma fatia maioritária”, disse à “Bloomberg” o CEO da empresa Mikel Charriton.

Um dos interessados é a Lohia Aerospace Systems da Índia, segundo a agência noticiosa, país que tem mais ambições no setor aeronáutico.

“Estamos em contacto com vários atores, fundos de investimentos, industriais, americanos, europeus e indianos. As discussões estão em aberto, nenhuma decisão foi tomada”, acrescentou o executivo.

“Precisamos de manter-nos na frente de aquisições e crescer no estrangeiro. Queremos aumentar as nossas subsidiárias estrangeiras, em particular no México e Índia, os chamados países de baixos custos”, acrescentou Mikel que é filho do fundador.

Com as relações comerciais com a China num momento de tensão, companhias ocidentais estão a olhar para a Índia e México para procurar novos fornecedores. O caso da Índia é paradigmático: muitos engenheiros e produção de baixo custo.

“Somos uma empresa familiar e estamos a atingir os nossos limites, de quanto podemos pedir aos nossos parceiros bancários. Se queremos continuar a crescer, precisamos de abrir o nosso capital”, defendeu o CEO da Lauak.

Outra empresa indiana –  Mahindra & Mahindra – está interessada noutra empresa francesa do setor: a Figeac Aero que vale 330 milhões.

O setor da aviação em França emprega 210 mil trabalhadores, tendo gerado vendas de 70 mil milhões de euros em 2023%, com 80% da produção a destinar-se à exportação.

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