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Facebook divulga pela primeira vez dados sobre conteúdos de ‘bullying’ e assédio online

A empresa liderada por Mark Zuckerberg, agora designada Meta, informa que removeu 7,8 milhões de conteúdo de bullying e assédio no Instagram com uma taxa de proatividade de 83,2%. Os dados do quarto trimestre serão submetidos a auditoria da consultora EY.
7 – Facebook (67,2 mil milhões de euros)
9 Novembro 2021, 19h12

Pela primeira vez, o Facebook divulgou informação sobre a prevalência de conteúdos de bullying e assédio na rede social: foram encontrados 14 e 15 vezes em cada 10 mil visualizações no terceiro trimestre. No Instagram, a empresa, que agora se chama Meta, encontrou publicações associadas a ódio e violência cinco a seis vezes por 10 mil posts.

No relatório publicado esta terça-feira, a tecnológica liderada por Mark Zuckerberg informou que removeu 9,2 milhões de conteúdos de bullying e assédio, com uma taxa de proatividade de 59,4% (ou seja, foram encontrados internamente e apagados automaticamente) entre os meses de julho e setembro de 2021.

O Facebook garantiu ainda que removeu 7,8 milhões de conteúdo de bullying e assédio no Instagram, a rede social de fotografias, stories e reels que detém, com uma taxa de proatividade de 83,2%. “O bullying e o assédio são um desafio único e uma das questões mais complexas de se lidar, porque o contexto é crítico”, explicou a rede social”, no “Community Standards Enforcement Report”.

Os números surgem mais de um mês depois de o Facebook marcar a agenda mediática com a revelação dos documentos internos partilhados pela ex-funcionária e denunciante Frances Haugen, que davam conta de que a empresa mentiu ao público quando afirmou que estava a fazer progressos significativos contra o ódio, a violência e a desinformação.

Os agora designados “Facebook Papers”, inicialmente publicados pelo norte-americano “Wall Street Journal”, destacam a forma como o Facebook desenvolveu o seu algoritmo, o que também estará na base da promoção da desinformação e de mensagens veiculadas por grupos de extrema-direita ou mesmo redes para tráfico de órgãos humanos. A plataforma terá tido conhecimento das ações, mas tentado encobrir internamente os dados, segundo os leaks que foram publicados na imprensa.

A rede social visada negou as acusações e, no âmbito da divulgação destas métricas, adianta que para as validar corretamente, submetê-las-á a uma auditoria da consultora EY para o quarto trimestre deste ano, cujos resultados serão divulgados na primavera de 2022.

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