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Faculdade de Ciências de Coimbra desenvolve tecnologia inovadora para rejuvenescer a pele de forma não invasiva

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra desenvolveu uma tecnologia inovadora que promete rejuvenescer a pele de forma não invasiva e indolor
13 Setembro 2024, 20h06

Uma equipa de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a LaserLeap Technologies, desenvolveu e testou um tratamento estético inovador não invasivo que promete rejuvenescer a pele do rosto sem cirurgias, agulhas ou dor.

O novo tratamento será lançado já no próximo dia 21 de setembro nos corners de beleza Be.U, no Oeiras Parque, em Lisboa, anunciou a FCTUC em comunicado.

“Esta tecnologia baseia-se em ultrassons de alta frequência que destabilizam momentaneamente a epiderme, facilitando a criação de canais para a difusão de dermocosméticos capazes de preencher, hidratar e reduzir as irregularidades da pele associadas ao processo de envelhecimento”, revelam Carlos Serpa e Gonçalo de Sá, investigadores do Centro de Química de Coimbra (CQC) e inventores da tecnologia.

De acordo com os cientistas, “este grande avanço tecnológico permite a realização de tratamentos não invasivos, eficazes e indolores com ácido hialurónico não injetável para a substituição da antiquada rotina de cuidados de pele, através de profissionais de estética que prometem revolucionar a aparência e manutenção dos padrões de beleza desejados”, referem citados na nota.

O lançamento da tecnologia nos corners de beleza Be.U permitirá a democratização dos tratamentos de hidratação e rejuvenescimento, a preços competitivos, o que até ao momento era incomportável. Portanto, a incorporação cutânea eficaz e não invasiva do ácido hialurónico na epiderme permite hidratar, reduzir rugas finas e rídulas, aumentar substancialmente a qualidade da pele e lutar contra os efeitos visíveis do envelhecimento cutâneo.” O tratamento base de hidratação e rejuvenescimento atua, entre outros, no preenchimento de pequenas rugas da epiderme, na melhoria da hidratação, elasticidade e flacidez (ligeira e moderada) da pele”, avança a Faculdade.

Os cientistas explicam que quando um laser de nanossegundos é absorvido por certos materiais, ocorre uma conversão muito eficiente de luz numa onda de pressão de elevado impulso (ultrassom).

“Estes ultrassons de alta frequência permeabilizarão transitoriamente a pele, facilitando a entrega epidérmica de cosméticos”, explicam os especialistas que dizem ainda que “as pressões geradas em função do tempo dos ultrassons de alta frequência são determinadas pela largura de pulso do laser (=10 ns)”.

“Larguras de pulso baixas correspondem a bandas de frequências elevadas de ultrassons, o que permite produzir ultrassons que se estendem até aos MHz de frequência”, acrescentam.

Deste modo, “o comprimento de onda dos nossos ultrassons assemelha-se ao comprimento da camada córnea (barreira de 15 µm), o que induz variações de pressão internas que levam ao desarranjo momentâneo da estrutura da pele, o que facilita a difusão de cosméticos”, concluem.

Este mecanismo desenhado, agora, especificamente para tratamentos estéticos com ácido hialurónico está patenteado pela UC, pelos inventores Luís Arnaut e Carlos Serpa, professores do Departamento de Química da FCTUC, e por Gonçalo de Sá, investigador do CQC.

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