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Farfetch com prejuízos de 89,6 milhões no segundo trimestre

O segundo trimestre do ano não foi diferente do primeiro. Os prejuízos dispararam em relação ao mesmo período do ano anterior.
  • Farfetch
8 Agosto 2019, 22h36

A Farfetch fechou o segundo trimestre do ano com prejuízos de 89,6 milhões de dólares, mais 409% que em igual período do ano anterior, altura em que o resultado negativo foi de 17,6 milhões de dólares. Os prejuízos juntam-se àqueles que o grupo apresentou no primeiro trimestre do ano, que ultrapassaram os 109 milhões de dólares.

Melhos comportamento tiveram as receitas, que atingiram os 209 milhões de dólares, que compara com os 146 milhões atingidos no segundo trimestre do ano passado, mais 43%, tendo mesmo ultrapassado os 174 milhões obtidos no primeiro trimestre. O EBITDA ajustado é também, no segundo trimestre, negativo em 37,6 milhões de dólares.

José Neves, fundador, CEO e co-presidente da plataforma tecnológica global líder da indústria de moda de luxo, disse, citado por comunicado oficial, que “a Farfetch continuou a apresentar crescimento. A nossa proposta impulsionou o crescimento além das nossas expectativas, mas também do crescimento da indústria de artigos de luxo pessoais on-line, à medida que continuamos a ganhar posição de mercado”.

O fundador do grupo afirmou ainda que “a indústria validou ainda mais o nosso modelo global no último ano, já que vimos grandes grupos de luxo aumentarem a sua oferta direta na nossa plataforma e, ao mesmo tempo, anunciarem planos para reduzir a distribuição” tradicional. O número total de marcas e parceiros “continuaram a aumentar para agora excederem os 1.100”.

José Neves destaca ainda a aquisição do New Guards Group, o que permite à Farfetch posicionar-se “de forma única para capacitar criadores, curadores e consumidores e ajudar a preservar” os valores do grupo.

Por seu turno, Elliot Jordan, CFO da Farfetch, disse que “no geral, estou satisfeito com os resultados do segundo trimestre de 2019. Concentrámo-nos em impulsionar o engajamento com os nossos valiosos clientes num cenário de maior competitividade, ao mesmo tempo em que investimos na estratégia de longo prazo que definimos no nosso IPO e atingimos uma margem EBITDA ajustada em linha com as nossas expectativas”.

Além disso, “a aquisição do New Guards Group traz fluxos de receita lucrativos e amplia a nossa capacidade de alavancar a plataforma Farfetch para viabilizar ainda mais a indústria de luxo”.

O New Guards Group, com sede em Milão, tem um importante portefólio e uma plataforma de marcas de moda de luxo com “um histórico comprovado de identificação com os novos criativos emergentes mais relevantes e de fornecer recursos e experiência para desenvolver marcas lucrativas”, refere o grupo no comunicado.

A aquisição “aumenta as capacidades da Farfetch como ‘brand platform’ e permite o suporte de todas as áreas do ecossistema de luxo, alavancando a sua base global de consumidores, uma grande rede de boutiques, insights de dados significativos e capacidades de design especializado”.

O comunicado refere ainda que a China, região que é o segundo maior mercado da empresa, continuou a ter um forte crescimento.

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