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“Fatores que afetam posicionamento estratégico das nossas Forças Armadas estão em transformação”, diz João Gomes Cravinho

As “alterações na distribuição de poder a nível global e regional, com o rápido desenvolvimento de novas capacidades, com as mudanças na tipologia de ameaças e com as mudanças na tipologia de missões prioritárias”, são os fatores em transformação que afetam o posicionamento estratégico das Forças Armadas, segundo o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.
18 Maio 2021, 16h45

“Os fatores que afetam o nosso posicionamento estratégico e a postura das nossas Forças Armadas estão em transformação, nomeadamente com alterações na distribuição de poder a nível global e regional, com o rápido desenvolvimento de novas capacidades, com as mudanças na tipologia de ameaças e com as mudanças na tipologia de missões prioritárias”, reconheceu o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, na apresentação efetuada esta terça-feira, 18 de maio, as propostas de alteração do modelo português que organiza as Forças Armadas. No mesmo dia, o deputado do PCP, António Filipe, apresentou a proposta do seu partido para a reorganização do modelo das Forças Armadas, discordando com as atuais propostas de Gomes Cravinho para alterações no modelo da Defesa, considerando que não fazem sentido.

“Hoje temos de nos confrontar com ataques híbridos e ciberataques, e com uma evolução brusca de tecnologias disruptivas, desde a robótica até à inteligência artificial”, adiantou o ministro João Gomes Cravinho, considerando que “temos de desenvolver capacidade de resposta tecnológica, e temos de empenhar forças expedicionárias para lidar com crises de segurança em regiões que nos interessam direta ou indiretamente. Temos de o fazer ainda, em estreita colaboração com os nossos parceiros internacionais, e com os restantes agentes do Estado numa postura que tem de ser abrangente, coerente e coordenada”.

“Estas mudanças concorrem todas no sentido da necessidade de respostas integradas, conjuntas, multidimensionais e multidomínio”, referiu ainda o ministro Gomes Cravinho, considerando que “é isto que vem consagrado no Conceito Estratégico da NATO de 2010 ou na Estratégia Global da EU, de 2016”. “É também o que consagra o nosso Conceito Estratégico de Defesa Nacional de 2013, e é nesse sentido que vão as discussões em curso na NATO 2020/30, bem como no quadro da Bússola Estratégica para a Política Comum de Segurança e Defesa da EU, sendo essa a realidade do mundo contemporâneo em que vivemos”, referiu o ministro da Defesa Nacional.

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