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Faturação apresenta quebra de 14%, com o Algarve a ser a região mais afetada

O gabinete estatístico aponta que o Algarve mostrou uma redução homóloga de 27,4%, a maior de todas, seguindo-se a Região Autónoma da Madeira com uma quebra de 21,6%, a Área Metropolitana de Lisboa com uma queda de 18,2% e Alentejo Litoral com uma diminuição de 17,4%, sendo estes valores superiores à média nacional
24 Fevereiro 2021, 11h46

Portugal registou uma redução homóloga de 14,3% no valor da faturação entre março e dezembro de 2020, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, 24 de fevereiro, tendo em conta dados do sistema E-fatura providenciados pela Autoridade Tributária para perceber o comportamento da economia numa perspetiva regional durante a pandemia, entre março e dezembro do ano passado, comparando os dados com o igual período de 2019.

O gabinete estatístico aponta que o Algarve mostrou uma redução homóloga de 27,4%, a maior de todas, seguindo-se a Região Autónoma da Madeira com uma quebra de 21,6%, a Área Metropolitana de Lisboa com uma queda de 18,2% e Alentejo Litoral com uma diminuição de 17,4%, sendo estes valores superiores à média nacional.

Apesar do Algarve se salientar nos dados divulgados pelo INE como a região do país com o valor de faturação mais baixo nos dois períodos em análise, esta foi também a região onde a taxa de variação homóloga verificou a maior recuperação entre estes dois períodos: -35,8% entre março a julho e -19,1% entre agosto a dezembro, correspondendo a uma diminuição de 16,7 pontos percentuais.

Analisando as sete grandes regiões, o INE percebeu que a contração da economia se verificou mais acentuada entre março e julho, observando uma redução homóloga de 18,9%, enquanto entre agosto e dezembro se verificou uma contração de 9,8%. “Mais de 70% da diminuição registada em Portugal de março a dezembro de 2020 deveu-se à redução do valor de faturação na AML e na AMP”, indica o gabinete.

Os dados mostram ainda que os valores de faturação das atividades de alojamento e das atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas representaram menos de metade do valor faturado face ao mesmo período de 2019 em análise. “Os restantes ramos de atividade económica registaram decréscimos, destacando-se as atividades de alojamento (-66,5%) e as atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas (-50,6%)”, sustenta, indicando que as atividades de restauração e similares apresentaram uma redução do volume de faturação na ordem dos 42,5%.

Segundo os dados, “em 21 das 25 NUTS II [sub-regiões], as atividades de alojamento também foram o ramo com maior contração homóloga de faturação”. “Inversamente, em 13 sub-regiões, as atividades de informação e comunicação apresentaram o desempenho mais positivo”, garantem os dados.

“No período e análise, apenas seis sub-regiões, todas da região Norte, incluindo a AMP, apresentaram, simultaneamente, um número de casos confirmados por 100 mil habitantes superior ao valor do país e uma redução do valor faturado inferior à do país. No polo oposto, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Alentejo Litoral e AML apresentaram um número de casos confirmados abaixo da média do país mas uma contração do valor faturado relativamente mais acentuada”, indica o INE com base nos dados das Finanças.

Considerando um total de 36 ramos de atividade económica, apenas cinco registaram acréscimos de faturação face ao período homólogo: fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparação farmacêutica, num aumento de 18,1%, investigação científica e desenvolvimento, com 10,5%, consultoria e atividades relacionadas de programação informática e atividades dos serviços de informação com 7,7%, telecomunicações num aumento de 3,9% e a construção com um acréscimo de 2,9%.

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