Fauci alerta que Estados Unidos podem não precisar da vacina AstraZeneca

Os norte-americanos podem não precisar da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, mesmo que a fórmula consiga a aprovação do regulador norte-americano. A possibilidade foi avançada pelo diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas e principal conselheiro médico da Casa Branca, em entrevista à “Reuters”, esta quinta-feira.

Anthony Fauci aponta que os EUA compraram vacinas suficientes a outros fabricantes para vacinar toda a sua população – e, de acordo com as previsões, ainda têm o suficiente para o reforço da vacina no outono.

“Se olharmos para os números [de doses] que vamos receber, a quantidade que podemos obter da Johnson & Johnson, da Novavax, da Moderna, e se comprarmos mais, é provável que consigamos lidar com qualquer reforço de que possamos vir a precisar, mas ainda não há certezas”, referiu.

Questionado sobre se os Estados Unidos vão usufruir das doses da vacina anglo-sueca, o responsável afirma que é uma questão que “ainda está no ar”.

“O meu sentimento geral é que, dadas as relações contratuais que temos com várias empresas, temos vacinas suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades sem invocar a AstraZeneca”, frisou.

Em março, os dados de testes avançados de um estudo efetuado nos Estados Unidos indicavam que a vacina da AstraZeneca tem uma eficácia de 79% contra a Covid-19. Apesar de a vacina da AstraZeneca ter sido autorizada em mais de 50 países, ainda não foi admitida nos Estados Unidos.

A investigação que foi realizada em território norte-americano envolveu 30 mil voluntários. Uma parte destes voluntários foi inoculada com a vacina AstraZeneca contra a Covid-19 e os restantes com um composto inócuo.

Segundo o comunicado divulgado pela empresa, os investigadores envolvidos no estudo referem que a vacina é eficaz em “pessoas de todas as idades”, incluindo idosos, contrariando pesquisas anteriores efetuadas por outros países junto de pessoas com idades mais avançadas.