[weglot_switcher]

Faurecia aposta em combinar standardização e modularidade

Presente em Portugal há mais de 30 anos, a vencedora do Troféu Exportação da CCILF quer recuperar tendência de crescimento.
27 Novembro 2021, 15h00

A Faurecia é uma das maiores fornecedoras de componentes para a indústria automóvel. Cerca de 93% do que produz em Portugal destina-se à exportação, tendo o mercado francês como principal destino, representando quase 70% das vendas ao exterior. Na operação portuguesa, a empresa tem sete fábricas e um centro de serviços partilhados, o Global Business Services (GBS), e um centro de investigação.

Cristela Ferreira, diretora Global Business Services Portugal & CFO – Portugal, Marrocos e Tunísia, diz ao Jornal Economico que a tendência atual do mercado automóvel é a da customização e da oferta ‘à medida’ de cada utilizador. “Estamos focados no desenvolvimento de produtos que combinam a standardização e a modularidade, oferecendo uma base transversal de produtos competitivos que possam também ser melhorados e customizados da forma mais ágil possível, garantindo uma oferta diferenciada aos nossos clientes”, explica, acrescentando que esse caminho “assenta na inovação, no design, na excelência da industrialização e no desenvolvimento de soluções de automação e de indústria 4.0”.

No que toca a produtos, o grupo gaulês tem, neste momento, dois principais focos de atenção, um relacionado com a mobilidade sustentável e o outro com o “cockpit do Futuro”. “O primeiro está relacionado com o desenvolvimento de soluções para emissões ultra-low ou soluções de hidrogénio com emissões zero, e o segundo no desenvolvimento de soluções personalizadas e conectadas para todo o cockpit, onde a Faurecia tem uma posição única no mercado, uma vez que é especialista nas áreas de interiores, assentos e eletrónica automóvel”, explica Cristela Ferreira.

Sustentabilidade no foco
As preocupações ambientais e climáticas são também de grande importância para a empresa. Diz: “É o nosso propósito eliminar todas as emissões internas de CO2 até 2025, e no ano de 2050, temos o objetivo de atingir uma pegada carbónica nula, contribuindo para os esforços globais para limitar o aquecimento global”. “Esta estratégia baseia-se em dois pilares: por um lado pelo “use less” (materiais e energia), e por outro pelo “use better” (pela compra de energia descarbonatada, materiais e serviços). Esta estratégia tem por base toda a cadeia de valor, desde a relação com fornecedores e parceiros, passando pelo apoio aos clientes e pelo envolvimento dos colaboradores”, acrescenta.
Para 2022, o objetivo será o de recuperar a tendência crescente de vendas que vinha a verificar-se na última década, interrompida pontualmente pela crise pandémica e pela crise no fornecimento de semicondutores. “Assistiremos ao lançamento de produtos como por exemplo os assentos para as novas plataformas SUV do grupo Renault-Nissan, assim como ao cimentar de Portugal como fornecedor de excelência para o emergente mercado de produção automóvel norte-africano. Em paralelo continuaremos a oferecer a nossa competitividade às geografias já por nós conhecidas, como a ibérica, francesa e britânica”, conclui.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.