[weglot_switcher]

FC Barcelona aumenta dívida para 1,3 mil milhões de euros

O ‘Barça’ encerrou o exercício de 2020/21 a 30 de junho com perdas operacionais de 481 milhões de euros. As receitas cifraram-se em 631 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 26% face ao ano anterior, quando se cifraram em 855 milhões de euros.
Média de espectadores: 78.034 Total: 1.482.646
16 Agosto 2021, 17h43

O FC Barcelona aumentou o seu passivo e piorou a sua situação financeira. O clube catalão acumulava no final do ano passado uma dívida de 1,3 mil milhões de euros, 15% mais que no ano anterior, quando era de 1,1 mil milhões de euros, segundo o jornal espanhol “El Confidencial”.

O ‘Barça’ encerrou o exercício de 2020/21 a 30 de junho com perdas operacionais de 481 milhões de euros. As receitas cifraram-se em 631 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 26% face ao ano anterior, quando se cifraram em 855 milhões de euros.

Por seu turno, os gastos ascenderam a 1.136 milhões de euros, um acréscimo de 19% face ao ano anterior, quando esta rubrica ascendeu a 955 milhões de euros. Da despesa, até 617 milhões de euros correspondem à folha salarial dos atletas do clube.

Da mesma forma, o fundo de maneio da entidade FC Barcelona é negativo, nomeadamente em 553 milhões de euros, e a dívida bancária aumentou para 673 milhões de euros.

Estes são alguns dos dados apresentados pelo atual presidente do clube, Joan Laporta, na conferência de imprensa desta manhã, onde foram apresentados alguns resultados da auditoria realizada pela nova direção.

Após a redução salarial de Gerard Piqué, para poder registar as novas contratações Memphis Depay e Éric García na LaLiga, o clube trabalha com os outros capitães e jogadores do elenco para diferir os pagamentos.

“Queremos reduzir a margem salarial em 200 milhões de euros”, disse Laporta. Por sua vez, a LaLiga permitiu ao clube inscrever jogadores com um teto salarial de 83 milhões de euros, apesar do aproveitamento menos conseguido a nível competitivo.

Através do crédito com a Goldman Sachs, aprovado na última assembleia, o clube terá uma injeção de 525 milhões de euros, que será utilizada para saldar a dívida mais urgente com dezenas de fornecedores e fazer face ao pagamento dos jogadores.

“Estamos a refazer o projeto Espai Barça para torná-lo economicamente viável. Esperamos poder iniciar as obras no verão de 2022, porque antes já existiam problemas que provocaram aumento de custos em muitos coisas, como na renovação do estádio”, comentou o presidente.

Na conferência de imprensa desta manhã, o atual presidente denunciou a gestão da anterior direção, chefiada por Josep María Bartomeu, a quem acusou de fracionar os pagamentos para que não passassem pelo controlo interno do clube. Como exemplos, citou o caso da I3 Ventures (Barçagate), Espai Barça ou a dívida contraída.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.