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FC Barcelona fecha temporada 2019/20 com dívida de 488 milhões e é obrigado a negociar com credores

Aos números negativos, soma-se o incumprimento de alguns acordos, como os índices semestrais vinculados à dívida, comprometidos com parte das entidades que detêm a dívida do clube, com as quais o clube catalão está a negociar uma renúncia de um ano para recuperar do impacto da pandemia de Covid-19.
25 Janeiro 2021, 16h28

O FC Barcelona encerrou a temporada 2019/20 com uma dívida líquida de 488,4 milhões de euros que obriga o clube à negociação com os seus credores financeiros. O Barça Licensing & Merchandising, a subsidiária de retalho do clube catalão, atuará como garantia, segundo o portal “Palco 23”.

O clube catalão tornou público o seu relatório anual, no qual coloca sobre a mesa um passivo total de 1,1 mil milhões de euros, valor que, segundo diferentes fórmulas, permitem reduzir para uma dívida líquida de 488,4 milhões de euros, mas que evidencia a delicada situação financeira do clube.

Aos números negativos soma-se o incumprimento de alguns acordos, como os índices semestrais vinculados à dívida, comprometidos com parte das entidades que detêm a dívida do clube, com as quais o clube catalão está a negociar uma renúncia de um ano para recuperar do impacto da pandemia de Covid-19.

Atualmente, o clube está também a negociar com parte dos detentores das suas ‘senior bonds’ uma renúncia ao cumprimento dos acordos celebrados, de forma a não exigirem os respetivos pagamentos até 30 de junho de 2021. O Barça já obteve a aprovação dos seus credores, mas a eficácia do contrato ainda está sujeita à assinatura dos demais detentores dessas obrigações.

“À data da formulação deste relatório consolidado de gestão, as negociações com os restantes titulares estão bastante avançadas e prevê-se que seja alcançado um acordo a curto prazo”, afirma o clube. As empresas FCBarcelona HK, FCB North America e Barça Licensing & Merchandising são fiadoras desta dívida.

FC Barcelona HK e FCB North America são as subsidiárias do clube para o desenvolvimento de negócios nos mercados asiático e norte-americano, enquanto a terceira é a empresa que agrupa a atividade retalhista do clube e que na época anterior gerou um volume de negócios de 44 milhões de euros.

Os fundos Prudential, Allianz, Barings e Amundi são alguns dos detentores desses títulos, com os quais o clube está a negociar para ganhar tempo com o objetivo de cumprir os seus compromissos financeiros.

A 30 de junho, o passivo financeiro do clube era de 1,1 mil milhões de euros, um aumento de 15,3% em relação ao final da temporada 2018/19. O maior aumento ocorreu nas dívidas a instituições de crédito, que passaram de 72,3 milhões de euros para 279,3 milhões de euros, enquanto as obrigações e outros títulos negociáveis ​​ascenderam a 200,5 milhões de euros.

As dívidas com o pessoal desportivo diminuíram, passando de 231,4 milhões de euros a 30 de junho de 2019 para 198,6 milhões de euros um ano depois. O capítulo de outras responsabilidades também diminuiu, passando de 515,1 milhões de euros para 494,8 milhões.

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