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Fed não altera juros dos EUA em junho e estima dois cortes até ao fim do ano

Os responsáveis continuam a prever dois cortes até final do ano. Ao mesmo tempo, estimam uma aceleração da inflação para os 3% até ao final de 2025, ao passo que o crescimento da economia dos EUA deve desacelerar mais do que o esperado, para 1,4%.
FILE PHOTO: Federal Reserve Board Chairman Jerome Powell holds a news conference after Powell announced the Fed raised interest rates by three-quarters of a percentage point as part of their continuing efforts to combat inflation, following the Federal Open Market Committee meeting on interest rate policy in Washington, U.S., November 2, 2022. REUTERS/Elizabeth Frantz/File Photo
18 Junho 2025, 19h02

A Reserva Federal dos Estados Unidos manteve os juros de referência norte-americanos inalterados entre 4,25% e 4,5%. A decisão surge esta quarta-feira, após o término da reunião de junho, e segue o que era esperado pela generalidade dos analistas.

A decisão de não mexer nos juros pela quarta vez consecutiva resultou de uma tomada de posição unânime. Em causa está, sobretudo, a incerteza sobre a forma como a economia vai reagir, nos próximos meses, às tarifas e eventuais cortes na carga fiscal, por parte da administração liderada por Donald Trump.

Os responsáveis daquele banco central continuam a prever dois cortes nos juros até ao final do ano. Ainda assim, são agora sete membros da Fed que apelam a que as taxas se mantenham como estão no período mencionado (acima dos quatro que tomaram aquela posição em março). A incerteza sobre a economia diminuiu desde a reunião anterior, que teve lugar em maio. Ainda assim, continua elevada, de acordo com o relatório divulgado pela Fed.

Em simultâneo, a inflação deverá acelerar para 3% até ao final do ano (projeção emitida em março apontava para 2,8%). Quanto ao crescimento da economia dos EUA, as previsões apontam para uma desaceleração até aos 1,4% (estimativa de março indicava 1,7%).

O objetivo passa por continuar a fazer face às pressões inflacionistas e, nesse sentido, contrariou aquela que é a vontade demonstrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O presidente dos EUA voltou a fazê-lo durante esta quarta-feira, tendo exercido nova pressão sobre Powell. De resto, Trump já por várias ocasiões sublinhou a intenção de ver um corte nas taxas de juro de diretoras.

Uma eventualidade que, de acordo com o próprio, não resultaria numa aceleração acentuada da inflação. Powell, por seu turno, alertou que essa aceleração seria o cenário mais provável, em caso de redução dos juros do banco central dos EUA. Recorde-se que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou 0,1 pontos percentuais em maio para uma subida homóloga de 2,4% (após 2,3% em junho), de acordo com os dados divulgados na semana passada.

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