A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) declarou esta segunda-feira que não aceita negociações fictícias nem perda de direitos dos profissionais.
Em nota enviada à imprensa, o organismo diz que estranha ser informado da proposta do Ministério da Saúde sobre a valorização do trabalho médico através da comunicação social.
“A tutela teve 14 meses para o fazer e estamos a uma semana do fim do prazo do protocolo negocial”, refere, considerando que aquela deveria ter sido “apresentada na mesa negocial”.
Em causa está um artigo do “Correio da Manhã” no qual é avançado que “parte considerável da valorização salarial aconteça à custa de horas extraordinárias, suplementos, bónus ou subsídios – e não através do aumento do salário base –, como se os médicos estivessem em dívida para com o Ministério da Saúde para verem o seu trabalho respeitado e reconhecido”, é explicado no mesmo comunicado.
“Na verdade, é o Ministério da Saúde que está em dívida para com os médicos: são mais de dez anos de perda de poder de compra e de acumulação de cansaço, exaustão e burnout. Por isso, a FNAM recusará perdas de direitos, a começar pela perda de descansos compensatórios, fundamentais para garantir a segurança e a saúde de doentes e médicos, ou o incumprimento da lei no que respeita ao número de horas de trabalho em serviço de urgência e ao limite anual de horas extraordinárias”, refere o organismo na mesma nota.
A FNAM apelida ainda como “inaceitável” que, “no que diz respeito aos médicos, se caminhe em sentido contrário, não lhes permitindo conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar”.
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