Feira Internacional de Maputo simboliza “virada da página” para nova governação

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, disse hoje que a Feira Internacional de Maputo (Facim), a maior exposição de bens e serviços do país, inaugurada esta manhã, simboliza a “virada da página” do novo ciclo de governação.

“Esta Facim simboliza a virada da página histórica para um novo ciclo de governação”, declarou Daniel Chapo, durante o discurso de abertura da 60.ª edição da Facim.

Para o chefe de Estado de Moçambique, que assumiu o cargo em janeiro, após um conturbado processo pós-eleitoral, esta mudança consolida com o compromisso com a produção local, emprego para a juventude, produção agrícola “que alimente o povo”, educação, saúde, infraestruturas, além do turismo, indústria, recursos minerais e energia.

O Presidente destacou ainda as “várias outras potencialidades que este grande Moçambique tem, sobretudo a agroindústria, a expansão de infraestruturas modernas e a inclusão social e digital”.

Anualmente, a maior feira de negócios moçambicana expõe as potencialidades económicas de Moçambique e as oportunidades de negócios e de investimentos no setor empresarial do país e do estrangeiro, contando igualmente com outras atividades, entre as quais seminários, sessões de promoção e bolsas de contacto.

Chapo destacou ainda a necessidade de um trabalho conjunto para a construção de uma economia “diversificada, inclusiva e sustentável”, que garanta prosperidade para todos os moçambicanos, independentemente da sua filiação política, da sua origem étnica, da sua filiação religiosa.

“Neste sentido, permitam-nos transmitir uma mensagem de confiança e esperança: o futuro de Moçambique está nas nossas mãos (…). Com fé no talento deste nosso povo, com orgulho no nosso caminho, com os nossos olhos postos no futuro”, afirmou o Presidente moçambicano.

A edição de 2025 da Facim decorre até domingo sob o lema “Promovendo a diversificação económica rumo ao desenvolvimento sustentável e competitivo de Moçambique” e conta com a participação do secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços de Portugal, Pedro Machado, a convite das autoridades moçambicanas, que prevê ainda encontros com membros do Governo moçambicano e empresários portugueses, até terça-feira, em Maputo.

Segundo informações partilhadas anteriormente pelo Governo moçambicano, está prevista a participação de 800 expositores estrangeiros e 2.350 expositores nacionais na Facim, num total de 27 países representados.

De acordo com o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, a 60.ª edição da feira, no espaço de Ricatla, no distrito municipal de Marracuene, na província de Maputo, prevê receber cerca de 70 mil visitantes. A organização já definiu a província de Gaza e a vizinha África do Sul como expositores de honra no evento de 2025.

Além de exposições e outras atividades relativas aos negócios, o evento vai acolher também um fórum de negócios com a África do Sul, acrescentou.

Está também prevista a exposição de equipamento militar e policial, visando “mostrar que não devem ter receio do serviço”, mas sim verem uma oportunidade no setor cívico, conforme adiantou antes Sérgio Macuácua, diretor da Facim.