Felipe González, ex-presidente de governo espanhol, esteve Conselho das Américas, em Nova Iorque, numa aparição pública que vai rareando e em que foi muito crítico do presidente dos Estados Unidos, ao afirmar que “Trump vai acelerar o declínio dos Estados Unidos, não é possível governar com um tweet e sem instituições, não entende que o grande poder americano são suas empresas globais, que têm seu mercado no mundo. Fechar as fronteiras é um erro”.
Gonzalez estendeu as suas críticas contundentes à questão das mudanças climatéricas, que Trump tende a negar e a que chamou “populismo ultrapassado”.
O ex-chefe de governo afirmou ainda, citado pela agência EFE, que “para mim não há tiranos mais ou menos aceitáveis dependendo da bandeira, eles são todos tão inaceitáveis, como Nicolás Maduro na Venezuela. O que acontece na Venezuela é uma tirania arbitrária que destruiu a economia e a democracia“ e que “levou a um êxodo bíblico sem precedentes, que todos os meses expulsa 100 mil venezuelanos do país”.
González, ex-líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) declarou-se moderado, para especificar que “a única coisa que eu sou radical é na defesa da democracia em perigo: nós democratas temos que fazer uma análise crítica sobre o que leva o populismo a crescer”.
Gonzáles também abordou temas de Espanha, para se manifestar em defesa da monarquia no país e assegurou que os ataques contra a instituição tentam desviar a atenção para outras questões. Recorde-se que o ex-chefe de governo teve sempre uma postura definitivamente anti-independentismo, não só no que dizia respeito à Catalunha como principalmente em relação ao País Basco.
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