A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) reiterou este sábado o apelo à obrigatoriedade dos testes à Covid-19, como mecanismo “fundamental para travar contágio” do novo coronavírus, para garantir manutenção do ensino presencial nas escolas portuguesas, ao invés de se tornar obrigatório o uso da ‘app’ StayAway Covid.
“Para a Fenprof, todo o cuidado é pouco e todas as medidas são necessárias para garantir que as escolas vão continuar abertas e que o ensino continuará, por norma, a ser presencial”, lê-se num comunicado da federação sindical, enviado à redação.
Contudo, a organização é contra a imposição do uso da aplicação StayAway Covid. “A Fenprof acompanha as preocupações que têm vindo a ser amplamente manifestadas e considera que útil mesmo e indispensável é a obrigatoriedade de realização de testes para evitar que situações assintomáticas de infeção possam causar problemas cuja gravidade só venha a ser conhecida tardiamente”.
O apelo é justificado pela estrutura liderada por Mário Nogueira com o facto de os docentes constituírem “um grupo profissional em que 54% dos profissionais tem mais de 50 anos”.
Por isso, como forma de “proteger todos os membros da comunidade escolar”, a Fenprof pede que se torne “obrigatória a realização de testes a todas as pessoas que contactaram de perto com a pessoa infetada, nomeadamente quem com ela partilhou espaço fechado na escola (sala de aula, laboratório, espaço desportivo, sala TIC ou qualquer outro)”.
Além disso, a estrutura sindical pede que todas as escolas sejam obrigadas a divulgar junto da respetiva comunidade educativa, a existência de casos, sempre que surjam, e quais os procedimentos adotados na sequência dos mesmos.
Para combater a disseminação da Covid-19 na comunidade escolar, a Fenprof apela ao “reforço de verba destinado à aquisição de materiais de higienização e limpeza”, bem como ao reforço do número de docentes nas escolas, como forma de acompanhar os alunos que têm de permanecer em casa e as escolas, tendo em conta que as escolas “não têm recursos que garantam o seu acompanhamento a distância”. Trata-se de uma forma de evitar “graves problemas de sobretrabalho”.
O aumento do número de assistentes operacionais, “pois o anunciado reforço de cerca de dois, em média, por unidade orgânica fica muito longe de responder às atuais necessidades”, é outra das exigências da Fenprof.
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