O presidente-executivo, Benedetto Vigna, afirmou que a construtora está “totalmente comprometida” com a eletrificação e a sustentabilidade corporativa, com o objetivo de se tornar neutra em carbono até 2030.
A Ferrari garantiu esta quarta-feira, 22 de junho, que continuará a produzir os seus veículos/motores de combustão pura para além de 2030, mas que também irá aumentar o volume de unidades elétricos e híbridos para 80% nos próximos oito anos, segundo o “Sunday Times”.
No ‘Dia do Mercado de Capitais’ da Ferrari (CMD — sigla em inglês) para investidores , realizado na cidade de Maranello (Itália), o presidente-executivo, Benedetto Vigna, afirmou que a construtora está “totalmente comprometida” com a eletrificação e a sustentabilidade corporativa, com o objetivo de se tornar neutra em carbono até 2030, embora tenha sublinhado que os motores V6, V8 e V12 continuarão a fazer parte da gama da Ferrari.
A empresa, cujas raízes de eletrificação remontam a 2009 com a tecnologia utilizada no híbrido LaFerrari, lançou quatro modelos híbridos desde 2019 – o SF90 Stradale, SF90 Spider, 296 GTB e 296 GTS.
No início desta semana, a Ferrari revelou que o seu primeiro supercarro totalmente elétrico será lançado em 2025, mas o próximo na agenda, e um modelo-chave para a saúde financeira contínua da Ferrari, é um SUV chamado Purosangue. O carro, confirmado no CMD, terá um motor V12 e foi descrito como um carro desportivo pela Ferrari. Mais detalhes serão revelados na apresentação do carro em setembro.
Enrico Galliera, diretor de marketing e comercial da Ferrari, descreveu os clientes existentes como “petrolheads”, embora desde a introdução de carros como o SF90 e o 296 GTB entendam melhor as possibilidades de eletrificação para melhorar o desempenho e o prazer de conduzir, mantendo o ADN da Ferrari.
Já os detalhes completos do primeiro modelo puramente elétrico serão revelados durante os próximos três anos. Sabe-se que o motor elétrico foi projetado internamente e também será construído em Maranello. O fundador da empresa, Enzo Ferrari, descreveu o motor como “o coração do carro” e, como tal, todos os motores Ferrari, incluindo os dos modelos de Fórmula 1, foram produzidos na fábrica da empresa. O mesmo acontecerá com os motores elétricos.
