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Fertagus refuta declarações de Rangel e recusa ser “arma de arremesso político”

“A Fertagus reitera que se recusa a servir de arma de arremesso político em qualquer eleição e mostra-se disponível para conversar com qualquer partido político sobre possíveis soluções que venham a garantir a qualidade de serviço dos comboios da Fertagus”, lê-se numa nota da empresa enviada à Lusa.
Fertagus
Foto cedida
17 Maio 2019, 16h57

A Fertagus recusou hoje servir de “arma de arremesso político” nas eleições, mostrando-se disponível para conversar com todos os partidos sobre as soluções que possam garantir a qualidade de serviço dos seus comboios.

“A Fertagus reitera que se recusa a servir de arma de arremesso político em qualquer eleição e mostra-se disponível para conversar com qualquer partido político sobre possíveis soluções que venham a garantir a qualidade de serviço dos comboios da Fertagus”, lê-se numa nota da empresa enviada à Lusa.

Na quinta-feira à noite, em Viseu, durante uma ação de campanha para as eleições europeias de 26 de maio, o cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel voltou ao tema dos “cortes e das cativações do primeiro-ministro António Costa”, dizendo que descobriu o truque “que o governo faz para cumprir as metas europeias” que disse estarem a atingir a dignidade e a decência.

Exemplo disso, afirmou, é a supressão de 57 comboios da Linha de Sintra em dois dias e a intenção anunciada pela Fertagus, que assegura o comboio entre Lisboa e Setúbal, de retirar bancos das carruagens para poder ter mais 20% de passageiros.

“Hão de viajar sem bancos e todos de pé que é para caberem mais?”, criticou, considerando que a baixa dos preços dos passes sociais sem prevenir o aumento da oferta de transporte causou “o caos”.

Na nota hoje enviada à Lusa, a Fertagus lamenta as declarações do candidato social-democrata sobre “as medidas que estão a ser analisadas pela empresa para garantir a qualidade de serviço prestado, considerando o aumento de mais de 20% de clientes que, desde Abril, passaram a utilizar a linha ferroviária que liga Setúbal a Lisboa”.

Embora reconheça que “vê com agrado” o aumento de clientes, já que é consequência direta de uma medida que teve como objetivo aumentar a procura do transporte público, a empresa lembra que sempre disse que seria necessário procurar soluções de curto e médio prazo para garantir os níveis de qualidade.

“A Fertagus garante que qualquer medida implementada para fazer face a este aumento terá sempre como objetivo manter a qualidade do serviço e, não o contrário”, é referido na nota.

Na quarta-feira, o Diário de Notícias informou que a Fertagus vai alterar o interior dos comboios para poder responder ao aumento do número de pessoas que estão a utilizar a ligação ferroviária entre Lisboa e Setúbal pela Ponte 25 de Abril e que, até ao final do mês, iriam ser retirados alguns bancos das carruagens, o que vai possibilitar o transporte de mais passageiros em pé.

Fonte da empresa adiantou ao DN que está ainda a ser estudado com o fabricante das carruagens, a Alstom, a hipótese de ser adicionada uma quinta composição no conjunto de quatro unidades que agora circulam.

Além disso, acrescentou a fonte, está a ser preparado “um novo horário com o objetivo de responder melhor às situações de maior concentração de procura, que venham a demonstrar-se efetivamente necessários durante o mês de maio, primeiro mês de aplicação em exclusivo dos títulos Navegante, na Fertagus”.

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