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FESAHT: Trabalhadores querem retomar atividade, mas CP mantém comboios internacionais parados

A Federação dos Sindicatos de Hotelaria e Turismo exige a retoma da actividade e a ocupação efectiva dos postos de trabalho dos trabalhadores afectos ao serviço de restauração dos comboios internacionais da CP, parados desde o dia 17 de março. FESAHT solicita a presença do Ministério das Infraestruturas em reunião agendada para 30 de setembro.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
21 Setembro 2020, 17h50

A Federação dos Sindicatos de Hotelaria e Turismo exige a retoma da actividade e a ocupação efectiva dos postos de trabalho dos trabalhadores afectos ao serviço de restauração dos comboios internacionais da CP, parados desde o dia 17 de março. Federação sindical requereu presença do Ministério das Infraestruturas em reunião agendada para o final deste mês.

“Esta exigência da FESAHT insere-se também na campanha nacional de luta que está a desenvolver pela reabertura de todas as empresas, a reposição de todos os direitos, o pagamento dos salários a 100% e aumentos salariais para todos os trabalhadores”, avança a Federação.

A FESAHT diz que exigiu “clareza” à CP sobre a sua posição neste processo, mas esta recusou dar qualquer informação sobre as razões pelas quais os comboios não estão a circular.

Face à situação, a FESAHT requereu a marcação de uma nova reunião, solicitando também a presença do Ministério das Infraestruturas, que ficou agendada para 30 de setembro.

A requerimento da FESAHT, realizou-se na passada quarta-feira, 16 de setembro, uma reunião no Ministério do Trabalho com a Servirail, pertencente ao grupo internacional Newrest, que explora os comboios internacionais que fazem os percursos Lisboa-Madrid e Lisboa-Hendaye (Lusitânia e Sudexpresso), e a CP Comboios de Portugal, tendo em vista a retoma da atividade destes comboios parados desde o dia 17 de março.

Nesta reunião, a FESAHT exigiu a retoma da atividade e a ocupação efetiva dos postos de trabalho dos 20 trabalhadores afetos a este serviço.

“Os trabalhadores estão sem trabalhar desde o dia 17 de março, estiverem em lay-off até 31 de julho, foram altamente penalizados nos seus salários, estão cansados de estar em casa, querem ocupar os seus postos de trabalho e desenvolver a sua atividade profissional, sendo que alguns trabalham neste serviço há 30/40 anos”, explica a FESAHT.

Segundo esta Federação, a Servirail manifestou interesse em retomar a atividade, tendo informado que já fez diligências nesse sentido junto da CP, “sem sucesso”, e questionado a CP sobre a suspensão unilateral do contrato de prestação de serviços desde março.

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