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FIFA faz seguro de 900 milhões para proteger receitas do Mundial no Qatar

A FIFA justifica o seguro para o Campeonato do Mundo de 2022, com o perigo de ficar “potencialmente exposta a ações judiciais”, uma vez que os contratos com os parceiros comerciais são, segundo o organismo, “quase todos relacionados com o evento”.
23 Março 2021, 17h40

O organismo que gere o futebol mundial anunciou que fez um seguro, no valor de 900 milhões de dólares (757,9 milhões de euros), para a próxima edição Campeonato do Mundo, que acontecerá no Qatar em 2022, conforme divulgado nas contas da FIFA.

O modelo de negócios da FIFA é altamente dependente do Mundial, evento que acontece a cada quatro anos que junta seleções de todos os continentes e, em 2022, será realizado pela primeira vez, no Qatar (Médio Oriente). A FIFA espera encaixar 4,6 mil milhões de euros, sendo que destes, 82% já foi atingido no balanço final emitido a 31 de dezembro, e mais da metade (2,6 mil milhões de euros) depende de direitos televisivos.

A FIFA divulgou receitas de 766 milhões de dólares (642 milhões de euros) em 2019, 250 milhões de dólares (209 milhões de euros) em 2020 e 742 milhões de dólares (622,3 milhões de euros) em 2021, um número que se multiplica para o próximo ano. O campeonato do mundo, que acontece a cada quatro anos e em 2022 será no Qatar, é a principal fonte de receita da FIFA e, por esse motivo, as receitas de 2022 são especialmente importantes para o orçamento total do organismo.

“A situação financeira da FIFA depende do sucesso na organização do Campeonato do Mundo porque quase todos os contratos com as suas afiliadas comerciais estão relacionados ao evento”, afirma o órgão no relatório das suas contas. “Em caso de cancelamento, redução ou abandono do Mundial, a FIFA corria o risco de ficar potencialmente exposta a ações judiciais”, detalha.

A FIFA sublinha que o seguro foi subscrito em 2019, antes do aparecimento da pandemia de Covid-19, que obrigou os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 a serem adiados por um ano, entre outros eventos desportivos. “Os riscos cobertos incluem desastres naturais, acidentes, motins, guerras, terrorismo e doenças transmissíveis”, explica.

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