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Fim das inspeções periódicas motociclos “compromete a segurança nas estradas”

A decisão tomada pela Assembleia da República aumenta o risco de eventuais falhas técnicas causarem acidentes e ameaça os padrões de sustentabilidade, alerta a associação que representa os operadores do setor.
Cristina Bernardo
6 Dezembro 2024, 16h20

A Assembleia da República aprovou a eliminação da obrigatoriedade de inspeções periódicas aos motociclos, que estava previsto entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2025. A decisão “compromete significativamente a segurança nas estradas” em Portugal, de acordo com a Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel (ANCIA).

Em causa está a abolição de inspeções obrigatórias para motociclos, triciclos e quadriciclos com cilindrada superior a 125 cm³. A medida vai contra uma diretiva da União Europeia que tem em vista uma melhoria da segurança rodoviária e a redução das emissões poluentes. Ao desviar-se do enquadramento europeu, Portugal arrisca “sanções” e compromete a “credibilidade junto dos parceiros comunitários”, alerta o mesmo organismo

Num comunicado enviado às redações aponta-se que os Centros de Inspeção estão preparados para inspecionar motociclos desde 2016. Para tal foi necessária a aquisição de aparelhos, que envolveu “pesados investimentos”, pode ler-se.

Assim sendo, a ausência das verificações “aumenta o risco de acidentes causados por falhas mecânicas, colocando em perigo não só os motociclistas, mas também outros utentes da via pública”, esclarece-se no mesmo documento. A somar a isto, “torna-se mais difícil assegurar que os motociclos cumprem os padrões ambientais”, escreve ainda a ANCIA.

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