Pedro Pardal Henriques vai ser candidato pelo partido de Marinho Pinto às eleições legislativas. O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) é um dos candidatos ao Parlamento pelo Partido Democrático Republicano (PDR).
A confirmação da candidatura do advogado foi feita pelo líder do PDR, Marinho Pinto, em declarações à RTP 3.
“Estamos muito orgulhosos por termos no combate eleitoral o homem que foi a cara de um combate sindical extremamente importante porque fugiu ao controlo que os aparelhos partidários têm sobre o sindicalismo em Portugal”, disse Marinho Pinto esta quarta-feira, 21 de agosto, à chegada ao tribunal da comarca do Porto para entregar a lista de candidatos pelo PDR.
“Um sindicalismo controlado por comissários políticos dos partidos é um sindicalismo castrado, que não representa os interesses dos trabalhadores. Pardal Henriques rompeu com isso”, destacou o líder do PDR.
“E rompeu também com um esquema gigantesco de fraudes no pagamento nas remunerações de trabalho em Portugal, denunciou publicamente”, acrescentou Marinho Pinto.
Está assim desfeito o tabu em redor da candidatura do advogado que tem sido a cara dos motoristas de matérias perigosas no seu conflito laboral contra os patrões do setor. A candidatura pelo PDR do porta-voz dos motoristas foi feita há duas semanas pelo Diário de Notícias. Desde então, tanto Marinho Pinto como Pardal Henriques têm recusado confirmar a candidatura.
O líder do PDR já deixou vários elogios públicos a Pedro Pardal Henriques. “Seria um excelente candidato à Assembleia da República porque liderou, ou participou, num processo de luta sindical, dos fenómenos mais importantes da democracia portuguesa, ou mesmo o mais importante, sobretudo após a fase da degenerescência da democracia”, disse Marinho Pinto na terça-feira, 20 de agosto, em entrevista à Rádio Observador.
Marinho Pinto revelou identificar-se com a luta sindical protagonizada por Pardal Henriques e os motoristas de combustíveis. “Revejo-me na substância deste processo”, afirmou.
“Sabe o que representa para a sociedade portuguesa andarem pessoas a trabalharem mais de 70 horas por semana a transportar toneladas de combustíveis? Sabe o perigo que isso representava? As pessoas não imaginam… andavam com bombas relógios tenebrosas atrás de si, a trabalhar mais de 70 horas por semana, e a receber uma grande fatia do ordenado por baixo da mesa, para os patrões não pagarem contribuições para a Segurança Social”, disse o antigo bastonário da Ordem dos Advogados.
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