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Fim dos vistos gold em Espanha deve mobilizar investimento para Itália, Grécia, Malta e Hungria

Pedro Sánchez decidiu seguir a política de António Costa e acabou com os vistos gold na passada segunda-feira. Esta ferramenta atraía 580 milhões de euros de investimento estrangeiros por ano, 96% ligado ao imobiliário.
9 Abril 2024, 10h31

O fim dos vistos gold em Espanha pode levar a que o investimento, maioritariamente alocado ao sector do imobiliário, se desloque para outras geografias como Itália, Grécia, Malta e Hungria, avança o “El Economista“.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, decidiu colocar um fim aos vistos gold esta segunda-feira, algo que já foi feito por países como Portugal. Calcula-se que Portugal tenha perdido perto de cinco mil milhões de euros com o travão, sendo este um impacto que também se poderá ver no país vizinho.

Os vistos gold permitem a autorização de residência para residentes não comunitários, em Espanha, que comprassem uma casa de valor superior a 500 mil euros.

Esta ferramenta permitiu atrair 580 milhões de euros por ano de investimento estrangeiro, tendo em conta os dados da administração espanhola, sendo que 94% desse valor foi relativo à compra de casa.

O sócio responsável pelo Departamento de Direito Tributário da Escalona & de Fuentes, Siro Barro, citado pelo “El Economista”, salientou que, com o fim dos vistos gold em Espanha, o país “vai deixar de ser atrativo” para o investidor imobiliário. Assim, isto deve beneficiar geografias dentro da União Europeia (UE) que têm essa ferramenta ativa, como por exemplo Itália, Grécia, Malta e Hungria. “Itália tem um regime pelo qual o estrangeiro paga 100 mil euros por ano e, com isso, não paga mais impostos”, acrescentou Siro Barro.

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