O fim dos vistos gold em Espanha pode levar a que o investimento, maioritariamente alocado ao sector do imobiliário, se desloque para outras geografias como Itália, Grécia, Malta e Hungria, avança o “El Economista“.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, decidiu colocar um fim aos vistos gold esta segunda-feira, algo que já foi feito por países como Portugal. Calcula-se que Portugal tenha perdido perto de cinco mil milhões de euros com o travão, sendo este um impacto que também se poderá ver no país vizinho.
Os vistos gold permitem a autorização de residência para residentes não comunitários, em Espanha, que comprassem uma casa de valor superior a 500 mil euros.
Esta ferramenta permitiu atrair 580 milhões de euros por ano de investimento estrangeiro, tendo em conta os dados da administração espanhola, sendo que 94% desse valor foi relativo à compra de casa.
O sócio responsável pelo Departamento de Direito Tributário da Escalona & de Fuentes, Siro Barro, citado pelo “El Economista”, salientou que, com o fim dos vistos gold em Espanha, o país “vai deixar de ser atrativo” para o investidor imobiliário. Assim, isto deve beneficiar geografias dentro da União Europeia (UE) que têm essa ferramenta ativa, como por exemplo Itália, Grécia, Malta e Hungria. “Itália tem um regime pelo qual o estrangeiro paga 100 mil euros por ano e, com isso, não paga mais impostos”, acrescentou Siro Barro.
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