O Ministério das Finanças está a preparar a privatização da TAP que pretende levar a Conselho de Ministros brevemente, tal como já admitiu Fernando Medina, e prepara-se para escolher assessores financeiros e jurídicos diferentes dos que estão a trabalhar com a companhia aérea, apurou o Jornal Económico.
Contactada, fonte oficial do Ministério das Finanças não comenta.
A Evercore fez os contactos exploratórios dos potenciais interessados na compra da TAP, tendo sido contratada pela companhia aérea, tal como o Jornal Económico avançou em primeira mão, informação confirmada pela CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, no Parlamento.
Sobre os contactos com os potenciais interessados na TAP – a Lufthansa, o grupo IAG (onde se incluem a British Airways e a Iberia) e o grupo Air France-KLM (que é apontado como o mais bem posicionado para comprar a companhia aérea portuguesa), Fernando Medina disse em Espanha que a companhia “já realizou um pré-estudo de mercado junto de potenciais investidores” para “aferir aquilo que são as perspetivas de investimento” na TAP. Esse trabalho foi realizado pela Evercore.
A Evercore continuará a dar apoio à TAP no contexto da privatização, mas o Estado (Parpública e Ministério das Finanças) terá o seu próprio assessor financeiro, diferente do da TAP, sabe o JE. Assim como terá os seus próprios assessores jurídicos.
A escolha das Finanças irá recair por um dos bancos de investimento globais que fazem parte de uma pool de entidades pré-definida, segundo fontes próximas ao processo, onde estão incluídos bancos como o Citigroup, entre outros.
O processo de assessoria financeira será conduzido por um banco de investimento global, mas poderá ter a participação do banco de investimento português Caixa BI, ainda segundo as mesmas fontes.
O Ministério das Finanças tem quase concluído o decreto-lei que fixará a reprivatização.
Tal como avançou o JE, a reprivatização da TAP deverá passar pela venda de mais de 51% do capital do Estado na companhia, mantendo em aberto dois cenários: ou a privatização parcial ou a venda total.
O Estado deverá ter “abertura” para ambas as possibilidades, fazendo depender a decisão do interesse e mérito das propostas, num processo em que será privilegiado quem apostar na economia portuguesa e a manutenção do hub em Lisboa e em que o Estado poderá ficar entre a 10% a 20% do capital com o objetivo de garantir presença à mesa do conselho de administração e dar voz ao interesse geral nacional, tal como noticiou o Económico.
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