O setor da banca continua a estar disponível para financiar a habitação no país. Exemplo disso é a Caixa Geral de Depósitos (CGD) que no último ano financiou 4.100 milhões de euros para a compra de casa.
“Uma parte para habitação nova, outra usada e ainda uma terceira de transferência. O financiamento na parte residencial nunca tem faltado”, afirmou Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos “no painel dedicado aos desafios e oportunidades da construção, inserido na Conferência: “Portugal 2030: Futuro Estratégico para o Setor da Construção”, organizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) que decorre esta segunda-feira, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) em Lisboa.
O responsável destacou que na parte do financiamento para construção ao setor privado, verificou que após uma redução devido à crise financeira, agora está a crescer.
“O ano passado fizemos mil milhões de euros de financiamento e gostaríamos de repetir esse valor este ano. Estamos a reforçar o financiamento para a compra de habitação, mas também para a construção. Temos 26 mil milhões de crédito”, salientou.
O presidente da CGD recordou que existe falta de habitação para os jovens e também emigrantes e os problemas que isso traz para o mercado. “Isto provoca uma pressão do lado da oferta que é muito pequena em relação à procura”, afirmou, sublinhando que esta pressão “não vai desanuviar tão depressa”.
Presente neste painel esteve também Carlos Mota Santos, presidente da Mota-Engil, que deixou o alerta para a ausência de formação no setor da construção.
“Há 15 anos na crise financeira o setor teve uma debacle e 60% das 15 principais empresas já não existem. Com a descontinuidade no mercado houve um desinvestimento na formação. Hoje temos falta de recursos humanos, não só na construção, mas de uma forma generalizada”, referiu.
Como tal, considera ser necessário ter uma visão de médio longo prazo, salientando que é importante ganhar dimensão do setor da formação.
“As empresas têm de aproveitar esta onda de investimento público para ganharem escala”, realçou, acrescentando que é necessário uma estratégia de internacionalização que não aconteceu há 15 anos e que originou uma internacionalização desorganizada e com isso o desaparecimento de algumas empresas.
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