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Firmas multidisciplinares dividem advogados

PS prepara anteprojeto de lei para reorganizar as ordens, abrindo caminho à criação de sociedades compostas por advogados e outros profissionais. Bastonário é contra, mas a classe está dividida.
26 Setembro 2020, 20h00

O PS está a preparar um anteprojeto de lei para reorganizar as ordens profissionais, que abrirá a porta à criação de sociedades muldisciplinares compostas por advogados e outros profissionais, como revisores de contas e consultores. Tal como sucedeu da última vez que o assunto esteve em discussão, durante o Governo de Passos Coelho, trata-se de uma questão fraturante na classe, incluindo entre os líderes dos grandes escritórios portugueses. Se alguns temem a banalização da profissão, outros consideram que Portugal pode aprender com as experiências de países como Espanha e França, onde a multidisciplinaridade é permitida, permitindo servir melhor os clientes.

O bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, considera que as sociedades multidisciplinares são um ataque que tem vindo a ser dirigido às ordens profissionais. Ao Jornal Económico (JE), Menezes Leitão admite que esperava ter recebido indicações por parte dos deputados e ver o anteprojeto de lei antes da sua publicação. “O ataque foi expresso nas jornadas parlamentares do PS. As iniciativas são absurdas, totalmente prejudiciais ao interesse público e aos direitos dos cidadãos e poderá levar as auditoras a entrar no exercício da advocacia, o que nos parece gravemente atentatório dos direitos das pessoas. As sociedades teriam sócios a tomar decisões e deliberações sobre assuntos que não estariam sujeitos a certas regras deontológicas”, assevera.

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