O Tesouro, o fundo de garantia de depósitos, e o banco central dos EUA estão tentar encontrar uma solução no setor privado para salvar o banco First Republic, avança a “Reuters”.
As autoridades norte-americanas estão a coordenar conversações urgentes para salvar o First Republic Bank, uma vez que os esforços do sector privado liderados pelos consultores do banco ainda não chegaram a um acordo, segundo fontes da agência.
Os esforços do sector privado liderados pelos assessores financeiros do banco ainda não produziram efeito uma vez que os bancos ainda não chegaram a um acordo, de acordo com três fontes familiarizadas com a situação.
A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), o Departamento do Tesouro e a Reserva Federal estão entre os organismos governamentais que, nos últimos dias, começaram a orquestrar reuniões com empresas financeiras sobre a criação de uma tábua de salvação para o banco em dificuldades. O envolvimento do governo está a ajudar a trazer mais parceiros, incluindo bancos e empresas de private equity à mesa de negociações, acrescentou uma das fontes à Reuters.
A agência diz no entanto que não é claro se o governo dos EUA está a considerar participar num resgate do First Republic a ser feito pelo sector privado. O envolvimento do governo, para já, encorajou os gestores executivos do First Republic Bank a montar um acordo que evite uma intervenção pelos reguladores dos EUA.
O First Republic Bank, um banco de média dimensão cujo mercado principal é a gestão de fortunas, tornou-se o epicentro da crise bancária regional dos EUA em Março, depois de os clientes do private banking terem começado a levantar depósitos e terem deixado o banco na corda bamba.
O facto de ser um banco de gestão de fortunas faz com que uma parte significativa dos seus depósitos não esteja coberta pelo seguro da Federal Deposit Insurance Corporation.
O banco divulgou que os clientes levantaram mais de 100 mil milhões de dólares no primeiro trimestre de 2023. Este mês, o First Republic Bank, sediado em São Francisco, revelou pela primeira vez em pormenor os levantamentos maciços que registou na sequência da falência do Silicon Valley Bank. O total de depósitos foi de 104 mil milhões de dólares, uma queda de mais de 40% em relação ao trimestre anterior. Este valor inclui os 30 mil milhões de dólares que outros bancos depositaram no First Republic, indicando que o banco perdeu uns impressionantes 100 mil milhões de dólares em depósitos de outros clientes durante a turbulência bancária do mês passado.
A taxa média paga sobre os depósitos foi de 2,14%, acima dos 1,63% do trimestre anterior. O lucro caiu 33% em relação ao ano anterior. As receitas diminuíram 13%.
Em meados de março, o Departamento do Tesouro dos EUA, o Fed, e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) comunicaram que 11 bancos norte-americanos anunciaram que iam depositar 30 mil milhões de dólares no First Republic Bank para compensar a saída de depósitos na altura. Entre os bancos estavam o JPMorgan Chase, o Bank of America, o Wells Fargo, o Citigroup e o Truist.
Os planos do First Republic para reforçar a sua atividade incluem o aumento dos depósitos segurados e a redução dos empréstimos contraídos junto do Federal Reserve Bank. Pretende também reduzir as suas despesas, diminuindo a sua força de trabalho em até 25% e cortando os salários dos executivos.
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