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Fitch mantém ‘rating’ de Portugal em “BBB+” com perspetiva estável

A agência de notação financeira Fitch decidiu esta sexta-feira manter a avaliação de Portugal em “BBB+”, com o ‘outlook’ estável. Elogia a redução do défice para 0,4% em 2022 mas para 2023 prevê uma combinação de redução de impostos, aumento de gastos e enfraquecimento da economia.
14 Abril 2023, 22h08

A Fitch, agência de notação financeira, manteve o ‘rating’ de longo prazo de Portugal em “BBB+”, avaliação que já tinha sido atribuída pela agência a 28 de dezembro do ano passado. Em comunicado, a Fitch revelou ainda que manteve o ‘outlook’ em nível estável.

A Fitch destaca a rápida evolução do défice das Administrações Públicas em Portugal em 2022, com a queda para 0,4% do Produto Interno Bruto. Este resultado, que acabou por ficar abaixo da meta oficial do Governo, também baralhou as projeções que a Fitch tinha feito neste particular em outubro de 2022: “A queda do défice de 2,9% em 2021 para 0,4% em 2022 foi muito melhor do que aquilo que tínhamos projetado. A queda do défice resultou de uma forte crescimento da economia e da receita e da retirada dos apoios referentes à Covid-10”, explica a Fitch.

Quanto ao défice para 2023, e apesar do Governo estimar que o mesmo atinja 0,9% do PIB, a Fitch projeta que esse indicador chegue a 1,2% do PIB e baseia essa projeção “numa combinação de redução de impostos e de aumento de gastos em 2023, os pacotes de ajuda às famílias, a pressão do mercado imobiliário e uma economia mais enfraquecida”.

A 27 de janeiro, a agência de notação financeira DBRS foi a primeira a pronunciar-se, tendo decidido manter inalterada a avaliação dos títulos de dívida portugueses, que havia sido revista no ano passado para ‘A (baixo)’, ou seja, três níveis acima de lixo especulativo. Também as perspetivas económicas se mantiveram ‘estáveis’, tal como projetado pela generalidade dos analistas.

A 10 de março, a Standard & Poor’s (S&P) também decidiu por deixar inalterado o rating da dívida portuguesa em “BBB+” com perspetiva estável.

No segundo semestre, a DBRS será novamente a primeira a pronunciar-se, em 21 de julho, seguida pela S&P, em 08 de setembro.

Já a Fitch volta a olhar para a dívida portuguesa em 29 de setembro e a Moody’s em 17 de novembro.

O ‘rating’ é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

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