A Fitch informou esta terça-feira à noite que reviu em baixa as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro e antecipa agora uma contração de 8,2% para este ano, depois de ter divulgado que seria de 7%. A percentagem agora divulgada é mais alta do que a das projeções de Primavera da Comissão Europeia, que apontam para uma contração de 7,75%.
A contração da economia dos países da moeda única deve-se às quedas de atividade maiores do que o esperado em França, Itália e Espanha, que sofreram bloqueios e restrições à circulação mais fortes do que noutros Estados-membros, segundo os analistas.
O novo Global Economic Outlook (GEO) da agência de notação financeira norte-americana reflete ainda um corte nas previsões económicas globais. “Prevê-se agora que o PIB mundial caia 4,6% em 2020, em comparação com um declínio de 3,9% previsto em nosso GEO no final de abril. Isso reflete revisões em baixa na zona euro e do Reino Unido e, mais significativamente, nos mercados emergentes (EM, na sigla anglo-saxónica), excluindo a China “, disse Brian Coulton, economista-chefe da Fitch.
No relatório publicado esta noite os técnicos da Fitch antecipam ainda que os programas globais de quantitative easing (QE) cheguem aos 6 biliões de dólares em 2020 (cerca de 5,5 biliões de euros), o que equivale a metade das compras acumuladas de QE pela Reserva Federal (Fed), Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra e Banco do Japão entre 2009 e 2018.
“Essa explosão na liquidez dos bancos central ajudou a garantir uma recuperação do crédito bancário à economia real (especificamente às empresas) nos últimos dois meses, um desenvolvimento que contrasta com o padrão em 2009. No entanto, é provável que o retorno à normalidade económica seja um processo lento e instável”, pode ler-se no documento.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com