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Fitch vê economia mundial a estabilizar no próximo ano, com aumento dos serviços e consumo

O relatório da agência realça que o setor dos serviços representa 70% do PIB nas economias avançadas e que o crescimento tem sido mais estável nos últimos 18 meses do que na indústria.
5 Dezembro 2019, 17h02

O crescimento do serviços e o consumo das famílias vão contribuir para a estabilização da economia mundial no próximo ano, depois de uma queda em 2019, segundo a Fitch, no “Global Economic Outlook”, publicado esta quinta-feira.

“Existem poucos sinais de qualquer recuperação iminente na produção global, mas o setor dos serviços desempenha um papel muito maior, particularmente nas economias avançadas. Desde que a desaceleração da indústria não se intensifique, a imagem mais estável dos serviços deve ajudar ao crescimento global no próximo ano”, explica Brian Coulton, economista-chefe da Fitch Ratings.

O relatório da agência realça que o setor dos serviços representa 70% do PIB nas economias avançadas e que o crescimento tem sido mais estável nos últimos 18 meses do que na indústria. “O crescimento do protecionismo do comércio e da crescente incerteza da política comercial sobre o investimento das empresas têm afetado muito mais a indústria do que os serviços nas economias avançadas, assim como a desaceleração nos mercados emergentes”, destaca.

A atividade do setor de serviços é muito mais sensível ao consumo, que não diminuiu nos Estados Unidos nos últimos anos e recentemente aumentou ligeiramente na zona euro, justificam.

A Fitch mantém as projeções de crescimento da economia inalteradas face ao relatório de setembro e vê uma expansão do PIB mundial de 2,5% no próximo ano e 2,7% em 2021. Já para a zona euro projeta um crescimento de 1,1% em 2020 e de 1,2% em 2021, enquanto a economia norte-americana deverá crescer 1,7% nos dois anos.

“A flexibilização da política monetária global aumentou e intensificou-se nos últimos meses, mas não esperamos mais cortes na taxa de juros por parte da Fed. Também duvidamos que a recente flexibilização monetária generalizada indique uma recuperação no crescimento global”, justifica Brian Coulton.

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