A agência de viagens FlyKube organiza viagens com destinos surpresa para os mais exploradores. Agora, com a pandemia da Covid-19 e com os receios de voar para um país estrangeiro que obrigue à testagem para despistar o vírus, a plataforma decidiu apostar em destinos nacionais e no turismo dentro de Portugal.
Paolo Della Pepa, CEO da FlyKube, contou ao Jornal Económico sobre os novos pacotes de viagens e sobre a tendência para as viagens do futuro, sendo que a tendência “aponta para que as famílias procurem destinos longe das confusões e mais próximos de casa”.
A pandemia veio pôr a agência à prova, com a falta de procura por viagens devido à diminuição de rendimentos, e a aposta em Portugal foi a visão que a plataforma teve para dar a conhecer o território nacional mas simultaneamente permitir que a exploração dos aventureiros continue.
Sem se esperar, a Covid-19 acabou por suspender todas as viagens. Como serão as viagens do futuro?
Acreditamos que as viagens do futuro serão muito semelhantes às que estávamos acostumados, pois queremos acreditar que, em breve, iremos conseguir vencer esta batalha contra a Covid-19.
Ainda assim, esta pandemia veio marcar para sempre a sociedade e, daqui para a frente, a palavra de ordem será “cuidado”. As viagens do futuro serão mais cautelosas, talvez mais bem planeadas, e a tendência aponta para que as famílias procurem destinos longe das confusões, mais próximos de casa, exigindo viagens mais curtas. Melhor dizendo, o turismo será feito em locais menos turísticos, com menos densidade populacional, onde os turistas possam mais facilmente resguardar-se e aproveitar a viagem com maior confiança e segurança.
Qual será a aposta da FlyKube para os próximos tempos?
Para os próximos tempos, a nossa aposta é no turismo nacional. A Covid-19 veio abalar o setor do turismo de uma forma nunca vista e fomos obrigados a repensar a nossa operação. Na impossibilidade de circular livremente por alguns países europeus e dadas as várias restrições a que estamos, neste momento, sujeitos, a nossa solução foi, mantendo a nossa proposta de valor, dar a oportunidade às pessoas de viverem a aventura de viajar para um destino surpresa dentro do próprio país. Desta forma, conseguimos oferecer alternativas que transmitam a confiança e a segurança necessárias para desfrutarem do verão, com a certeza de que é possível ser-se surpreendido no próprio país, e, ao mesmo tempo, apoiamos a economia local e a contribuímos para a sustentabilidade do setor do turismo nacional.
Sendo uma agência que organiza viagens surpresa, como estão a gerir os destinos?
Neste momento, o modo como gerimos os destinos está dependente da revolução pandémica em cada um e das regras de circulação e entrada nos respetivos países. Assim, no momento da escolha de um destino, temos de avaliar primeiro se é relativamente seguro viajar para lá, tendo em conta os dados que são divulgados diariamente, para garantir a máxima confiança e segurança a quem escolhe viajar para um destino surpresa.
Estão a planear novos destinos para os portugueses?
Claro! Portugal tem muito para oferecer aos viajantes e, por isso, preparámos uma série de novidades que serão divulgadas nos próximos meses. O que podemos, para já, adiantar é que iremos expandir as experiências que a FlyKube disponibiliza a todo o país, oferecendo, assim, locais exclusivos a preços muito acessíveis.
De que forma a pandemia afetou as viagens que já estavam planeadas?
Desde o surgimento da Covid-19 e do agravamento da situação pandémica na Europa, que todas as viagens previstas tiveram de ser canceladas. Inclusive,tivemos a nossa atividade em stand-by nos últimos meses pelo que nenhuma viagem que estava planeada teve oportunidade de acontecer. Não foi fácil, mas fizemos alguns esforços no sentido de compensar os nossos viajantes e acabámos por conseguir reembolsar alguns e dar a oportunidade a outros de remarcarem as suas viagens para datas diferentes.
Qual é a estratégia da empresa para este ano?
Para este ano, a nossa estratégia passa por apostar no turismo nacional. Precisamos de devolver às pessoas a confiança necessária para que voltem a aventurar-se em destinos surpresa e esse é um processo que pode, e deve, começar no turismo local. Nesse sentido, lançamos agora dois novos packs inteiramente focados em promover o melhor que há no nosso país.
O pack “Escapadinha Surpresa” permite aos viajantes desfrutarem de uma viagem de três a sete dias, num destino a menos de 4 horas de distância de carro das suas cidades de residência. Já o pack “National Surprise”, que será lançado no início de agosto, permite a mesma aventura em destino incógnito do território nacional, mas a viagem é feita de avião. Para já, estes dois novos packs assinalam o nosso regresso ao ativo e são a nossa resposta face às condicionantes que o cenário atual nos apresenta. A tendência aponta para que as famílias privilegiem viagens mais curtas e mais próximas de casa e daí que toda a nossa estratégia tenha sido repensada segundo as necessidades e padrões de comportamento dos nossos viajantes.
Como se trata de uma viagem surpresa, é o teste da Covid obrigatório? Existe alguma logística associada?
O teste à Covid-19 é obrigatório nos aeroportos que adotarem este protocolo de segurança. Neste momento, cada governo tem as suas próprias medidas de segurança e isso é algo no qual não temos qualquer tipo de influência. No entanto, naquilo que nos diz respeito, todos os nossos alojamentos locais são rigorosamente analisados para garantir a máxima segurança dos nossos viajantes.
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