Após uma análise que envolveu 180 países, o FMI concluiu que os governos menos corruptos coletam mais 4% do PIB em receitas fiscais do que os países com o mesmo nível de desenvolvimento económico mas com níveis mais elevados de corrupção.
Estudo é da responsabilidade do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, liderado pelo ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e faz parte de um relatório que será divulgado na totalidade na próxima semana.
Países como a Geórgia ou o Ruanda implementaram reformas importantes para reduzir a corrupção. A Geórgia viu a sua receita fiscal aumentar 13 pontos percentuais do PIB entre 2003 e 2008, e o Ruanda aumentou a sua receita em seis pontos percentuais desde a década de 90.
Os países categorizados como menos corruptos “desperdiçam” significativamente menos em projetos de investimento público, ao contrário das economias mais corruptas que desperdiçam o dobro do dinheiro, de acordo com o FMI.
Para acabar com a corrupção, o departamento liderado por Vítor Gaspar determinou que deve existir vontade política para criar entidades fiscais sólidas que promovem a integridade e a prestação de contas no setor público.
FMI aponta malefícios da corrupção
Nenhum país é imune à corrupção e existe um abuso de cargos públicos para obter benefícios privados. O documento elaborado pelo FMI pretende esclarecer os executivos governamentais sobre as melhores formas para lidar com a corrupção, esclarecendo sobre os malefícios desta prática: como estes destroem a confiança dos cidadãos no Governo e nas instituições públicas, tornando as políticas públicas menos eficazes e justas. Além de desviar o dinheiro dos contribuintes que estava destinado a escolas, estradas, hospitais e outros projetos de grandes dimensões, esclarece o FMI
Segundo o jornal espanhol ‘El Economista’, o estudo do FMI vai mais longe e garante que a corrupção diminuiu a capacidade governamental de impulsionar o crescimento económico, de forma a que beneficie todos os cidadãos. Ainda assim, adianta que a vontade política de estabelecer instituições fortes e transparentes poderia alterar o curso da luta contra a corrupção.
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