A sua história tem início nos seus 16 anos pediu um iPhone aos pais, a resposta foi rápida: “não faz sentido oferecer a um miúdo de 16 anos, um telemóvel de 500 euros”. “Criaram uma necessidade e fui obrigado a procurar uma solução, neste caso um iPhone ‘seminovo e mais barato’ que acabei por encontrar, negociar e comprar no OLX. A experiência foi ‘ligeiramente’ mais enriquecedora do que ir à loja. Passaram apenas semanas até revender o telemóvel e comprar o modelo acima, com o lucro gerado”, recorda José Costa Rodrigues, hoje com 21 anos.
Sem se aperceber, o seu primeiro cliente catapultou tudo o resto através de bom feedback e passa a palavra. “Pouco depois tinha amigos de amigos a querer comprar-me iPhones seminovos a bom preço. A minha primeira preocupação foi ter um espaço onde pudesse reunir o feedback e experiência dos meus clientes – criei então uma página de facebook, uma marca, a Forall Phones. Custou-me zero euros fazê-lo”, explica o jovem empreendedor.
Com apenas dois anos a Forall Phones começou apenas online e através de um pequeno espaço de 10m2 em Ourém, “com muitas dúvidas mas uma certeza: o acesso à melhor tecnologia deve ser possível a todos, logo é preciso tornar os preços devem ser o mais acessíveis possível”, salienta José Costa Rodrigues.
Atualmente conta com nove colaboradores full time – recrutados a grandes multinacionais e empresas complementares ao negócio como a Deloitte e a Uniplaces, tem Loja e Escritório em Lisboa e já vendeu um milhão de euros, com mais de 3500 clientes satisfeitos e avaliação de 4,9 em 5,0 estrelas.
“Estamos a construir com foco, ambição moderada e humildade, alicerces para uma Empresa que queremos tornar global: 2018 será para a marca o ano de expansão”, garante o empreendedor.
A aprendizagem e consolidação do negócio
Sobre as dificuldades em iniciar um negócio, José Costa Rodrigues refere que se agora considera que continua a saber muito pouco, no início, sozinho, a dificuldade prendia-se com ter de fazer tudo pela primeira vez, sendo tudo uma novidade. “Por outro lado, existe uma enorme curva de aprendizagem e cria-se a capacidade de lidar com o falhanço, adaptar, aperfeiçoar e focar. Até criar a Forall Phones, tentei uma mão cheia de outros negócios – brinquedos, relógios, material desportivo – e todos me ensinaram alguma coisa”, lembra.
Por outro lado, admite que começar um negócio com “pouco dinheiro”, por mais que aparente ser uma dificuldade, é uma oportunidade. “Aquele dinheiro inicial, precisamente por ser pouco, é aplicado com enorme cuidado. Ainda assim, não era a casa que tinha hipotecado, apenas 300 euros ganhos com o meu próprio suor. O risco/benefício era fácil de medir. Por fim, é importante logo desde início encontrar e maximizar a nossa proposta de valor com base na diferenciação e com atenção aos melhores estudos de caso. Hoje a concorrência é global, estamos todos muito próximos”.
Numa época em que os mercados e tecnologia apresentam mudanças cada vez mais aceleradas e disruptivas, a sua grande preocupação é rodear-se de uma equipa de pessoas trabalhadoras, humildes e focadas na solução, para que possa estar “one step ahead” e minimizar o risco inerente de falhar ou ser ultrapassado.
“Queremos criar uma Empresa e Marca altamente reconhecidas a nível global, seguindo este mantra de democratizar o acesso à melhor tecnologia com preços acessíveis, criando possibilidades ilimitadas. Ainda agora começámos e acreditamos muito no potencial do foco, ambição moderada e persistência. It’s always day one.
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