Dois funcionários da embaixada israelita nos Estados Unidos foram mortos quando saíam de um evento no Museu Judaico da Capital, em Washington DC, na noite desta quarta-feira. A chefe da polícia metropolitana de Washington, Pamela Smith, disse que um homem disparou sobre um grupo de quatro pessoas com uma arma de fogo, atingindo ambas as vítimas. O alegado autor tinha sido visto a rondar o exterior do museu antes do tiroteio.
O suspeito foi identificado (provisoriamente, segundo as agências internacionais) como Elias Rodriguez, de 30 anos, de Chicago; as autoridades avançaram que o homem não tem antecedentes criminais – e que terá gritado “Palestina livre, livre” após ser detido.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que a vida das vítimas foi “interrompida por um assassino antissemita hediondo” e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu os assassinatos como “horríveis” e “baseados obviamente no antissemitismo”, afirmando que “o ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA”. Yechiel Leiter , embaixador de Israel nos Estados Unidos, disse que as duas vítimas eram um jovem casal que estava prestes a ficar noivo.
Um comunicado do governo de Israel destaca que “estamos a testemunhar o preço terrível do antissemitismo e da incitação selvagem contra o Estado de Israel. Os libelos de sangue contra Israel estão a aumentar em sangue e devem ser combatidos até o fim”.
Numa declaração nas redes sociais sobre o tiroteio em Washington DC, o ministro israelita da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, afirmou que o presidente francês Emmanuel Macron , o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o primeiro-ministro canadiano Mark Carney “encorajaram as forças do terror”. Referia-se talvez à decisão de daqueles três países suspenderem acordos comerciais com Israel se o governo de Netanyahu mantivesse o bloqueio a Gaza – mas as declarações de Chikli dificilmente podem ser compreendidas, mesmo num contexto de pressão do que aconteceu.
Chikli disse que estava “chocado e com o coração partido pelo assassinato brutal” e queria agradecer ao presidente Donald Trump por “sua rápida e inequívoca condenação deste ato hediondo”. O terrorista teria gritado “Palestina Livre” antes de abrir fogo. Sejamos absolutamente claros: “Palestina Livre” não é um grito por liberdade – é um grito por assassinato. Isso foi provado com sangue hoje”. “Este slogan, repetido por ativistas, acadêmicos e influenciadores, tornou-se uma bandeira não pela paz, mas pelo ódio, pela violência e pela demonização do Estado judeu. Qualquer um que o use agora, após este ataque, não está apenas ecoando o antissemitismo – está legitimando o assassinato de judeus e israelenses”, disse ainda.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha expressou choque com a morte de dois funcionários da embaixada israelita em Washington. “Nada pode justificar a violência antissemita. Estou chocado com o assassinato cobarde de dois funcionários da embaixada israelita em Washington”, escreveu Johann Wadephul nas redes sociais.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com